Depois da votação pela manutenção dos vetos do prefeito Carlos
Eduardo Alves às emendas orçamentárias, ficou claro para a vereadora
Amanda Gurgel, do PSTU, para que serve a Câmara Municipal: apenas para
blindar o gestor municipal. Pelo menos, foi isso que ela afirmou em
entrevista aO Jornal de Hoje pouco depois da votação.
“Em primeiro lugar, questiono a funcionalidade dessa Casa e para que
ela serve. Para mim fica cada vez mais claro que ela serve para a
blindagem do prefeito. Isso fica muito claro em votações, inclusive,
mesquinhas, como a votação da última terça-feira”, analisou Amanda
Gurgel.
Na votação, os vereadores votaram favoravelmente à manutenção do veto
do prefeito da capital potiguar Carlos Eduardo Alves, às emendas nº. 31
e 32 de autoria do Vereador Júlio Protásio (PSB), ao Projeto de Lei que
estima a receita e fixa a despesa do município para o exercício
financeiro de 2013.
As emendas do Projeto de Lei nº. 82/2012 tratam da utilização de
recursos da secretaria de Comunicação do Município (Secom), no valor de
R$ 120 mil, para a reforma e manutenção de duas praças, localizadas nos
conjuntos do Jiqui e Soledade I. Com a manutenção do veto, os recursos
para as obras serão destinados por parte de outra secretaria, a
municipal de Obras Públicas e Infra Estrutura (Semopi),como informou o
líder da bancada governista na Câmara,e autor das emendas, o vereador
Júlio Protásio (PSB).
“A Semopi possui R$ 7 milhões para investimentos e as obras serão
executadas, beneficiando a comunidade. Entendemos que esses recursos se
retirados da comunicação penalizarão a pasta”, explicou Júlio Protásio
(PSB). O pleito para a matéria foi realizado em votação única e secreta.
Com 18 votos a favor e 9 contra, os vetos foram mantidos.
Segundo Amanda Gurgel, a votação mostrou que “existe um esforço muito
grande dos vereadores em bloquear qualquer tipo de contrariedade ao
prefeito. A convocação feita por meio de requerimento de Sandro Pimentel
(vereador do PSOL) para que ele prestasse esclarecimento a respeito dos
alugueis foi rechaçado porque existe já uma blindagem ao prefeito”.
A polêmica da renovação de contratos começou depois que o prefeito
renovou vários contratos da gestão passada que já eram alvos de
questionamento por parte dos vereadores. Segundo a gestão municipal, a
renovação era necessária porque não havia tido tempo para buscar novos
imóveis para receber as secretárias ou realizar licitação para
contratação de empresas terceirizadas de mão de obra.
do portal JH
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