quarta-feira, 17 de abril de 2013

Mineiro: “Governo tem ‘seca’ de iniciativas para enfrentar estiagem”

O deputado Fernando Mineiro (PT), que é um dos estudiosos da questão hídrica no Estado do Rio Grande do Norte, afirmou hoje que, paralelo à estiagem que assola a produção, dizima os rebanho e deixa o povo com sede, há também uma ‘seca’ de iniciativas do governo Rosalba Ciarlini (DEM) para o enfrentamento da questão.
“É fato: não adianta decretar emergência se não mudar o mecanismo da gestão. Porque nós temos estiagem por falta de chuva, e uma ‘seca’ de iniciativas, uma ‘seca’ de gestão, que não consegue administrar os recursos que chegam”, avaliou o petista, ao ser abordado, hoje, sobre o decreto que passa o RN do estado de emergência para o de estado de calamidade em função da estiagem que atinge o estado.
Em pronunciamento na manhã desta terça-feira na Assembleia Legislativa, o petista afirmou que o Rio Grande do Norte está à beira de um colapso em seu sistema de abastecimento de água destinado ao consumo humano. Ele alertou que se engana quem pensa que “essa tragédia anunciada” está restrita apenas à área rural. “Ao contrário, o abastecimento está comprometido também nas áreas urbanas e a seca só fez agravar a situação”, afirmou.
Na avaliação do petista, a causa principal da situação crítica do abastecimento de água é o não funcionamento do Sistema de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos, de responsabilidade do governo do Estado do Rio Grande do Norte. “A despeito de tal sistema estar previsto em lei desde o ano de 1996, ele nunca foi efetivamente implantado”, denuncia.
Mineiro cita a Lei 6.908/96, que criou a Política Estadual de Recursos Hídricos e também instituiu o Sistema Integrado de Gestão de Recursos Hídricos. De acordo com ele, essa lei não saiu do papel. Para “variar”, o governo Rosalba também não alterou a situação. “Os órgãos que tratam diretamente com os recursos hídricos em nosso estado não atuam de forma integrada e articulada. Cada um em seu quadrado busca responder às demandas imediatas, de forma isolada e sem planejamento. A situação só não é pior graças à dedicação de servidores e técnicos da área, que trabalham nas mais adversas situações”, diz.

doportal JH

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