Quando se fala na seca, é comum se pensar nas dificuldades
enfrentadas pelo homem do campo, sobretudo, o pequeno e médio
agricultor, que assiste – impotente – o gado morrer de fome e de sede.
Contudo, a escassez de chuvas dos últimos meses tem afetado toda uma
cadeia produtiva da região Nordeste, inclusive, a indústria potiguar. O
problema é tamanho que no Estado haverá um aumento da tarifa energética,
enquanto na maioria dos entes da federação esperam uma redução do
pagamento – justamente, para deixar a indústria mais competitiva.
Isso porque com a falta de chuvas, a produção energética no Nordeste
do Brasil também diminuiu consideravelmente, consequência da redução dos
níveis de água em reservatórios das hidroelétricas que abastecem a
região. Tanto que o Rio Grande do Norte (como outros estados da região)
está tendo que recorrer a fontes alternativas de produção energética. E
“alternativa”, nesse ponto, não quer dizer uma fonte limpa, mas sim uma
mais cara e nada ecologicamente correta: as termoelétricas.
No caso do RN, as termoelétricas que estão mantendo o Estado
produzindo – sem riscos sérios de apagões ou racionamentos de energia –
estão localizadas em Macaíba, na Grande Natal. Cada quilowatt produzido
lá, custa em média R$ 1 mil, ou seja, é aproximadamente 15 vezes mais
cara que a energia produzida em hidroelétricas, que costumeiramente
abastecem a região Nordeste.
Os custos dessa produção, claro, são transferidos também para o
consumidor de energia elétrica e nessa lista estão incluídos tanto os
pequenos, quanto os grandes consumidores (a indústria). “Basicamente, a
energia proveniente das termoelétricas são mais caras, bem mais caras, e
ainda poluidoras”, analisa João Lima, presidente do Conselho de
Consumidores de Energia Elétrica no RN.
do portal noAr
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