terça-feira, 30 de abril de 2013

Enquanto tarifa da energia cai no Brasil, consumidor do RN enfrenta aumento

Quando se fala na seca, é comum se pensar nas dificuldades enfrentadas pelo homem do campo, sobretudo, o pequeno e médio agricultor, que assiste – impotente – o gado morrer de fome e de sede. Contudo, a escassez de chuvas dos últimos meses tem afetado toda uma cadeia produtiva da região Nordeste, inclusive, a indústria potiguar. O problema é tamanho que no Estado haverá um aumento da tarifa energética, enquanto na maioria dos entes da federação esperam uma redução do pagamento – justamente, para deixar a indústria mais competitiva.
Isso porque com a falta de chuvas, a produção energética no Nordeste do Brasil também diminuiu consideravelmente, consequência da redução dos níveis de água em reservatórios das hidroelétricas que abastecem a região. Tanto que o Rio Grande do Norte (como outros estados da região) está tendo que recorrer a fontes alternativas de produção energética. E “alternativa”, nesse ponto, não quer dizer uma fonte limpa, mas sim uma mais cara e nada ecologicamente correta: as termoelétricas.
No caso do RN, as termoelétricas que estão mantendo o Estado produzindo – sem riscos sérios de apagões ou racionamentos de energia – estão localizadas em Macaíba, na Grande Natal. Cada quilowatt produzido lá, custa em média R$ 1 mil, ou seja, é aproximadamente 15 vezes mais cara que a energia produzida em hidroelétricas, que costumeiramente abastecem a região Nordeste.
Os custos dessa produção, claro, são transferidos também para o consumidor de energia elétrica e nessa lista estão incluídos tanto os pequenos, quanto os grandes consumidores (a indústria). “Basicamente, a energia proveniente das termoelétricas são mais caras, bem mais caras, e ainda poluidoras”, analisa João Lima, presidente do Conselho de Consumidores de Energia Elétrica no RN.

do portal noAr

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