da Agência Brasil
Brasília - Professores das escolas estaduais de São Paulo e do
Maranhão continuam em greve. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em
Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipais do Estado do
Maranhão, 80 municípios aderiram à paralisação. O Sindicato dos
Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) informou
que 40% dos professores estão parados, já a Secretaria da Educação do
Estado de São Paulo diz que as faltas dos docentes nas escolas
aumentaram 2,3%.
De acordo com o Sinproesemma, a categoria aceitou proposta
apresentada pelo governo, mas não foi fixado prazo para cumprimento do
acordo. Por isso, os professores aguardam a definição de uma data para
voltar à atividade. Em nota, o sindicato paulista diz que a secretaria é
"incapaz de negociar com o sindicato". Hoje (29), os professores da
rede municipal de São Paulo fizeram uma manifestação e ameaçam também entrar em greve.
Em
São Paulo, a categoria quer reposição salarial de 36,74%. A secretaria
oferece reajuste de 8,1%. No Maranhão, o principal ponto da pauta de
reivindicação é o Estatuto do Educador. De acordo com o sindicato, a
categoria espera há anos pela aprovação do estatuto, que estabelece as
regras da carreira dos profissionais de educação. Os professores também
discutem a tabela salarial.
Os dois estados decidiram manter a paralisação nacional, que ocorreu
entre os dias 23 e 25 como parte da 14ª Semana Nacional em Defesa e
Promoção da Educação Pública de Qualidade, promovida pela Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). No movimento nacional, os
professores reivindicam o pagamento do piso salarial, que por lei é R$
1.567, e a ampliação dos recursos da educação.
Segundo balanço divulgado pela entidade, a paralisação ocorreu em 22
estados: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Espírito Santo, Maranhão,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná,
Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia,
Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
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