quarta-feira, 10 de abril de 2013

Procurador-geral vê indícios de que “esquema” permanece em gestões atuais

As gestões mudaram. Flávio Vieira Veras e Auricélio Santos não são mais os prefeitos de Macau e Guamaré, respectivamente. Contudo, isso não quer dizer que o esquema de contratos superfaturados (denunciado pela Operação Máscara Negra), supostamente, montado durante as administrações deles acabou. Pelo menos, não para o procurador-geral de Justiça, Manoel Onofre Neto. Em contato com o portalnoar.com, ele afirmou que acredita sim que as irregularidades permaneceram mesmo diante da mudança de administradores.
Manoel Onofre: “há indícios que as irregularidades continuaram”
“Sim, há indícios (que elas continuaram)”, afirmou ele, se baseando no fato de que apesar da mudança de nomes na chefia do Poder Executivo Municipal, ficou claro que a mesma estrutura foi mantida, até pela permanência de ordenadores de despesas como, no caso de Guamaré, secretárias da gestão de Auricélio Santos.
Por sinal, o próprio Ministério Público, quando elaborou a petição que deu origem a Ação Civil que analisa as irregularidades em Guamaré, destacou o fato do atual prefeito da cidade, Hélio Willamy, do PMDB, ser bastante próximo de Auricélio Santos. A candidatura de um, inclusive, seria o motivador da renúncia do outro ao cargo de prefeito.
Isso porque, para quem não lembra ou não sabe, Auricélio ocupou o cargo de prefeito, oficiosamente, até o final de 2011. Se afastou por licença médica, sendo substituído por Emilson Borba, o Lula, presidente da Câmara Municipal de Guamaré e que manteve, segundo o MP, todo o esquema irregular na contratação de festas (há, inclusive, mandato de prisão temporária contra Lula).
“Com a assunção do investigado EMILSON DE BORBA CUNHA definitivamente ao cargo de Prefeito de Guamaré-RN, foi formalizada a nomeação de KALINY KAREN DA FONSECA TEIXEIRA (filha de Auricélio e Kelley) para a Secretaria de Turismo, tendo sido apenas regularizada uma situação que já existia informalmente, afastando-se da pasta a sua genitora KELLEY MARGARETH M. DA F. TEIXEIRA. KATIUSCIA MIRANDA DA FONSECA TEIXEIRA permaneceu na condição de Chefe de Gabinete, assim como todos os familiares do grupo político, tanto no alto quanto no baixo escalão”, afirma o MP na ação.
Para os promotores, por sinal, ficou claro que, na verdade, a renúncia de Auricélio foi uma clara tentativa de fazer o esquema continuar, agora, na gestão de Hélio Willamy. “Alguns meses depois do afastamento por licença médica, como prenunciado extraoficialmente, em 04/04/2012, Auricélio dos Santos Teixeira renunciou ao seu mandato, em um arranjo político, para viabilizar a candidatura de seu cunhado e atual prefeito, HÉLIO WILLAMY DE MIRANDA DA FONSECA, à Prefeitura de Guamaré”, acrescentou o MP ao analisar o caso.

 fonte portal noAr

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