O juiz Luis Alberto Dantas Filho, de Natal, determinou na manhã desta
segunda-feira uma nova intervenção judicial no Hospital da Mulher Maria
Parteira, em Mossoró. A informação foi confirmada pelo Controlador Geral
do Governo do Estado, Anselmo Carvalho, que disse que o que o Governo
do Estado quer é que o Hospital da Mulher funcione.
A intervenção é por um período de 90 dias.
O Hospital da Mulher é atualmente administrado pelo Instituto Nacional
de Assistência à Saúde e à Educação (INASE), que havia sido contratado
por cerca de R$ 2,4 milhões por mês pelo Governo do Estado para
substituir o Instituto Marca, afastado pela Justiça por suspeita de
desvios de recursos no processo de estruturação da unidade.
O
INASE havia solicitado a Justiça para deixar a administração do
Hospital da Mulher, justificando que o Governo do Estado, através da
Secretaria Estadual de Saúde, não estava repassando os
recursos previstos em contrato. O Governo do Estado, por sua vez,
informou que realmente não repassou os recursos, pois a INASE não teria
prestado contas.
Sem receber seus salários, os médicos ameaçaram greve e outros se
afastaram. Os demais servidores e forcedores também, de modo que a UTI
adulto do Hospital da Mulher foi fechada e a UTI neonatal ficou
funcionando parcialmente.
Diante do impasse, a Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, a pedido
do Ministério Público Estadual, decretou a intervenção judicial do
Hospital da Mulher.
A comunicação foi feita pelo Controlador Geral do Estado Anselmo
Carvalho a comissão de vereadores de Mossoro (Genivan Vale, Luiz Carlos,
Lairinho, Jório Nogueira, Vingt Neto, Tomaz Neto) e da deputada
estadual Larissa Rosado, durante audiência no final da manhã desta
segunda-feira, na Governadoria, em Natal.
O interventor nomeado pela Justiça foi Marcondes de Sousa Diogenes
Paiva, que deve fazer o juramento até no máximo nesta terça-feira, dia 9
de abril, para começar oficialmente o trabalho de intervenção no
Hospital da Mulher, em Mossoró.
O interventor vai receber salário de R$ 15 mil/mês mais R$ 3,4 mil
extra para gerenciar o Hospital da Mulher. Ele vai administrar os
recursos, pagar aos servidores e também aos fornecedores, assim como
elaborar um relatório do quadro de funcionamento do Hospital da Mulher.
Este foi o caminho mais rápido para fazer funcionar a unidade hospitalar considerada fundamental para a região Oeste do RN.
"Estou neste momento no Hospital Santa Catarina, buscando solução para
uma série de problemas. Em seguida vou retornar para a Secretaria
Estadual de Saúde, onde vou tomar pé da situação e adotar as
providências necessárias", diz o secretário Luiz Roberto.
do jornal De fato
Nenhum comentário:
Postar um comentário