Sindicato reclama das péssimas condições de trabalho que são submetidos os Professores da rede pública do estado do RN
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio
Grande do Norte (Sinte/RN) foi à Governadoria na manhã desta segunda-feira (4)
para protocolar a pauta de reivindicações da educação básica na rede estadual
de ensino. Em reunião de portas fechadas com a chefe de gabinete do Gabinete
Civil, Elisângela Janine Silva – que, alegando desconhecer o que seria
discutido, não autorizou a equipe de reportagem para acompanhar o momento – o
Sindicato reforçou a necessidade de criar uma Política de Estado que beneficie
os educadores, além de uma linha pedagógica eficiente.
Foto: Ilustrativa
“A
pauta corresponde à reivindicação salarial dos funcionários da educação e dos
professores, os quais exigem também o cumprimento da legislação em vigor sob
aspectos relativos aos direitos funcionais da categoria e implementação de
outros direitos. Nós também colocamos em pauta o eixo da expansão e qualidade
da oferta do ensino, solicitando que o Governo do Estado implante uma linha
pedagógica na rede”, afirma Fátima Cardoso, coordenadora geral do Sinte.
Dentre
as novas reivindicações, Fátima explicou que o documento apresenta a
necessidade de oferta do vale transporte acima do teto salarial, vale
alimentação e vale cultura. “No nosso entender, esses pontos são complementos
dos nossos salários em virtude deles serem muito baixos. A gente tenta
sensibilizar o governo para aplicar uma Política de Estado e não de Governo,
pois a cada mudança de gestor, um governo interrompe o trabalho do outro,
deixando pedras no caminho”, reforçou a sindicalista.
A
pauta de reivindicações tem relação com um modelo de estado que o Sinte
compreende como sendo melhor para a população. Para a construção de uma escola
de qualidade, é necessário que a escola comporte meios para uma formação de
qualidade. Não é possível falar em boa escola, se encontramos precariedade no
sistema.
Em
relação a isso, o Sindicato ainda solicita que o governo possa compreender que
as condições de trabalho interfiram diretamente no processo de aprendizagem do
aluno. “E essas condições de trabalho que a categoria possui não são boas,
chegando a interferir na saúde dos trabalhadores em Educação. Hoje nós
temos um índice muito alto de profissionais com depressão, problemas cardíacos,
neurológicos e físicos. As condições de trabalho e salários são tão baixas que
levam a essa fase de adoecimento na educação”, disse Fátima.
A
coordenadora do sindicato disse que vários fatores determinam as “péssimas
condições” de funcionamento das escolas, a exemplo da violência. “A Escola tem
a missão de ser um ambiente que comporte a paz. A violência vem de fora para
dentro da Escola, refletindo diretamente na relação dos alunos com os
profissionais”, disse. A sobrecarga do professor também está incluída nas
condições anormais de trabalho.
Segundo
estudo da Unesco, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura, o professor tem uma carga horária semanal de 60h, e não de 40h como
prevê a normalidade. A pesquisa levou em consideração as horas de trabalho em
sala de aula e os trabalhos desenvolvidos em casa. “Se não houver uma
valorização salarial, o professor vai continuar sendo explorado, sem conseguir
reunir condições para se debruçar nas escolas”.
Base de dados: JH
fonte portal VB
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