domingo, 17 de março de 2013

Hospitais estaduais não realizaram nenhum pagamento nos dois primeiros meses do ano

No início de fevereiro, O Jornal de Hoje fez uma matéria sobre as contas públicas baseados no Portal da Transparência e apontou que a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) era a pasta que mais devia. Os restos a pagar chegavam a quase R$ 20 milhões. Agora, observando novamente a prestação de contas virtual, outro dado, também ligado à saúde (mas que não entram na relação da Sesap), chama a atenção: o fato de não haver registro, em nenhum dos hospitais estaduais, de qualquer pagamento público.
Isso significa dizer, por exemplo, que o Hospital Maria Alice Fernandes não comprou um único item. Alias, comprar, comprou, mas pagar que é bom, nada. Afinal, há registro da contração da dívida, em forma de “restos a pagar”, mas não de pagamentos. O mesmo vale para o Walfredo Gurgel, também em Natal, o Tarcísio Maia, em Mossoró, o Giselda Trigueiro (Natal), o Deoclécio Marques (Parnamirim), o Cleodon Carlos de Andrade e o de Açu.
Consequentemente, as dívidas não foram poucas. Só do Maria Alice Fernandes, por exemplo, restaram a pagar R$ 787 mil ao final de dois meses – veja o box. E no que diz respeito aos gastos e as dívidas, o maior credor do Maria Alice é a Dixtal Biomedica Indústria e Comércio Ltda. A unidade médica deve R$ 393 mil. A CIPEN – Cirurgia Pediátrica de Natal é a segunda maior credora do hospital: R$ 179 mil.
É importante lembrar que a unidade pediátrica Maria Alice Fernandes é a que foi alvo, na última semana, de várias críticas do anestesista Madson Vidal, um dos coordenadores da Associação Amigos do Coração da Criança (Amico). O motivo seria a falta de unidades de terapia intensiva (UTI) pediátricas e neonatal.
O Walfredo Gurgel, por sua vez, tem uma dívida de R$ 768 mil. É o segundo mais devedor. A frente do Tarcísio Maia, de Mossoró, com R$ 309 mil, e Giselda Trigueiro, que alcançou R$ 254 mil. O Hospital da Mulher, em Mossoró, não aparece na relação por ser administrado por uma organização social (Inase). Porém, segundo informações da Sesap, até o momento, só o pagamento referente a janeiro foi efetuado em depósito judicial, no valor de aproximadamente R$ 2,2 milhões.

fonte portal JH

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