ASSÚ - Coordenadora do núcleo regional do Sindicato dos Trabalhadores
em Educação Pública do RN (Sinte), em Assú, a professora Inês Almeida
qualifica como desrespeitoso o relacionamento da gestão Rosalba Ciarlini
com o setor educacional potiguar. Segundo ela, este foi um dos motivos
da paralisação de advertência que os servidores estaduais da área
promoveram na última semana.
"Os funcionários paralisaram suas atividades nos dias 14 e 15 para
pressionar o governo a dar respostas concretas à nossa pauta de
reivindicações", declarou a líder sindical. Inês Almeida destacou que a
falta de atenção do governo para com o setor ficou evidenciado com os
relatos expostos na recente assembleia geral do Sinte, dando conta da
falta de transporte escolar em vários municípios do Estado.
"O ano letivo da rede estadual de ensino iniciou dia 18 de fevereiro e
até hoje em vários lugares não existe transporte escolar assegurado
pelo Governo do Estado", ressaltou a dirigente, citando como exemplo a
situação dos estudantes na própria cidade do Assú. A representante
sindical disse que procurou explicações sobre o problema na alçada da
11ª Diretoria Regional de Educação (Dired) local.
Sindicalista destaca problemas com a gestão dos recursos
Para a professora Inês Almeida, os problemas enfrentados pela
educação do RN não se devem à falta de recursos financeiros nos cofres
públicos estaduais.
Para ela, o panorama reflete tão somente falta de uma correta e
eficiente gestão. "Aliás, falta de gestão é a marca registrada da
governadora Rosalba Ciarlini", alfinetou. Ela citou que a mobilização
paredista da última semana foi alicerçada em dois pontos considerados
fundamentais pelos trabalhadores em Educação.
Primeiro, o descumprimento do Estado ao que é previsto no Plano de
Cargos, Carreira e Salários (PCCS) da categoria funcional que atua na
rede escolar pública. "O Plano foi aprovado desde 2010, o governo
cumpriu uma pequena parte dele e deixou o resto engavetado", observou.
"Por outro lado, o Estado continua avançando na contratação de
terceirizados, não cumpre o Plano nem realiza concurso público",
destacou a representante sindical.
Além da paralisação de advertência que ocorreu nos dias 14 e 15 de
março, os professores da rede pública estadual potiguar terão idêntica
manifestação em abril.
O manifesto futuro atenderá recomendação advinda da Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), em Brasília. Durante o
encontro do Conselho Nacional de Entidades, a CNTE definiu que realizará
uma Semana Nacional da Educação em abril.
FINALIDADE
A manifestação será focada na
valorização dos profissionais em Educação e também agendou uma greve de
três dias. "Esta semana tradicionalmente se destina ao debate das
questões educacionais e terá como prioridade o debate sindical da
mobilização, mais um ano que estaremos lutando para que o piso salarial
nacional seja efetivamente aplicado no nosso país com uma greve nacional
nos dias 23, 24 e 25 de abril", explica o presidente da CNTE, Roberto
Leão.
de o mossoroense
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