segunda-feira, 25 de março de 2013

"Somos todos contra Rosalba, mas somos a favor de quê?", questiona Mineiro

Deputado Mineiro defende alternativas ao DEMDeputado Mineiro defende alternativas ao DEMO Mossoroense: Como o senhor está analisando o início dos trabalhos da Assembleia Legislativa?
Fernando Mineiro: Nós retornamos num ano bastante complexo diante de todo um processo de muita imobilidade do Governo do Estado, diante de um estado que vive diante de uma seca que é a mais dura dos últimos 45 anos. Eu acho que a Assembleia terá um papel muito importante este ano no sentido de cobrar as ações e de dialogar com a sociedade.
OM: Na sexta-feira o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve em Natal. O que isso pode gerar de parcerias para o Rio Grande do Norte?
FM: O ministro veio colocar o ministério e os programas ministeriais à disposição do Governo do Estado. Agora o Governo do Estado precisa fazer a sua parte. O Governo do Estado deixou de arrecadar e ter muitos recursos em todas as áreas, particularmente na área da saúde, porque tem uma concepção da terceirização, da privatização. Enquanto o ministro visitava o Walfredo Gurgel, eu estava num exemplo de terceirização que é o Hospital da Mulher, aqui, em Mossoró. Você acompanhou e sabe muito bem que desde o início eu dizia que esse modelo não tinha sustentabilidade e era inseguro para a população. Um serviço tão necessário que foi entregue dessa maneira para favorecer um grupo que tomou conta durante muito tempo daquele hospital. Eu quero reforçar isso. O Governo Federal disponibiliza recursos para todas as áreas, inclusive a da saúde, mas precisa de projeto. Nesse sentido o governo Rosalba é uma nulidade absoluta. Não apresenta projetos. Enquanto a gente vê Estados vizinhos apresentando projetos de infraestrutura e de investimentos, aqui andamos para trás. É preciso que o governo apresente projetos porque não adianta boa vontade do ministro e do Governo Federal. É preciso uma ação concreta e cada um fazer a sua parte.
OM: Qual é a sua avaliação a respeito do Hospital da Mulher?
FM: O modelo adotado para a gestão do Hospital da Mulher é um modelo privatista que privilegiou uma empresa como a Marca, envolvida com vários desvios. A própria auditoria da Sesap (Secretaria de Estado da Saúde Pública) constatou o desvio de recursos, o pagamento a mais daqueles serviços. Lamentavelmente quem paga com isso é a sociedade. Eu defendo que o Estado assuma aquela gestão. É um equipamento importantíssimo para o Rio Grande do Norte. Atende a 60 municípios. São nove leitos de UTI adulto fechados. É uma coisa criminosa. O governo tem que pagar a empresa, pagar os direitos trabalhistas e assumir a gestão. É uma precarização muito forte para funcionários que se dedicam com muito afinco como percebi lá.
OM: O senhor esperava ter aquela votação para prefeito de Natal?
FM: Eu esperava ir para o segundo turno e ganhar as eleições. A sociedade escolheu outras opções. Eu respeito. Mas eu trabalhei muito nesse sentido para constituir uma alternativa política em Natal. Eu estava convencido que tinha um espaço muito grande ali, mas infelizmente não consegui convencer a maioria da sociedade com as ideias que eu tinha. Eu fui derrotado, mas não me sinto vencido. Tentei convencer uma parte da sociedade e saí da eleição de cabeça erguida. É o que sempre disse e repito: período eleitoral não é para nós que estamos na política partidária subir num palanque para ficar achincalhando e xingando o outro. É para apresentar propostas e projetos. É isso, inclusive, que estou defendendo para 2014, que seja o momento de debater o Rio Grande do Norte.
OM: O PT lá em Natal abriu um processo de expulsão de dois filiados que fazem parte do governo de Carlos Eduardo. Como o senhor analisa isso?
FM: Olha... esse é um problema interno do PT lá de Natal, que decidiu por unanimidade que nós não deveríamos participar do governo de Carlos Eduardo. Foi uma decisão unânime, coisa rara dentro do PT. Mas depois algumas pessoas mudaram de opinião. E quem muda de opinião está desrespeitando o partido. É uma questão interna e certamente terá um processo disciplinar como manda o nosso regimento. Para mim, é coisa passada e resolvida.
OM: Como o senhor analisa a presença de um membro do PT no governo do DEM aqui, em Mossoró?
FM: É a mesma coisa. Assim como há lá em Natal filiados e filiadas que não seguem a orientação, aqui também tem a direção municipal que vai tomar as medidas disciplinares que vai afastar da mesma maneira.

veja a entrevista completa em O mossoroense

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