Do Portal No Ar
O Rio Grande do Norte ocupa a 23º
posição entre os estados da federação com taxa de analfabetismo mais
alta. Um dado preocupante que precisa ser analisado agora em 2013,
período em que comemoramos no cenário potiguar o “Ano Paulo Freire da
Educação”, decretado pelo Governo do Estado.
Os dados completos estão sendo
disponibilizados pelo www.observatoriodaeducacaodorn.org.br e
consideram os censos de 1991, 2000 e 2010 nos 167 municípios do RN. O
relatório do Observatório da Educação do RN avalia que essa posição
negativa de destaque no analfabetismo do Brasil é resultado dos baixos
investimentos na educação de base e ausência de políticas públicas
eficazes em diversas cidades potiguares.
O levantamento mostra que 34 municípios
do estado tem taxas de analfabetismo, em 2010, entre 30% e 39%. Além
disso, nenhum desses municípios conseguiu decréscimo acima de 49%,
quando comparadas as três edições do censo. Apenas dois municípios do RN
tem taxas, em 2010, menores do que 10%. São eles: Natal e Parnamirim.
“Quantos anos vamos precisar para zerar a taxa de analfabetismo dos nossos municípios se continuarmos no mesmo ritmo e mantendo as mesmas políticas públicas e programas?”, alerta a diretora executiva do Instituto de Desenvolvimento da Educação, Cláudia Santa Rosa e coordenadora do estudo.
O objetivo da compilação de informações é
contribuir para o planejamento de políticas públicas na área de
educação e que tenham por meta zerar a taxa de analfabetismo. Ter
acesso aos dados, compará-los e significá-los no âmbito de um
planejamento é um dos passos mais importantes para avanços nos
resultados, segundo o relatório.
A metodologia de coleta foi organizada
em três etapas: 1ª etapa: Tabulação das taxas de analfabetismo do
estado e cada um dos seus municípios, por ano, nos três últimos censos
(1991, 2000 e 2010 ); 2ª etapa: Cálculo da diferença relativa (%) para
conhecer os decréscimos em 20 anos (Para os municípios criados mais
recentemente foram considerados os últimos 10 anos) e 3ª etapa:
produção de análises e recomendações, considerando os municípios com
taxas de analfabetismo mais baixas, com taxas abaixo de 20%, taxas mais
altas, decréscimos em alguns intervalos, entre outras.
O relatório do Observatório conclui pela
necessidade de avaliação dos gestores públicos sobre os programas e
projetos de combate ao analfabetismo que implementam nas últimas
décadas; Ações integradas entre o poder público e a sociedade civil
para acelerar o ritmo do combate ao analfabetismo, considerando o baixo
decréscimo nos últimos 20 anos e maiores investimentos na
alfabetização das crianças.
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