sexta-feira, 24 de maio de 2013

Fátima quer ser candidata ao Senado e faz duras críticas ao PMDB

A deputada federal Fátima Bezerra admite e, mais do que isso, deseja ser candidata ao Senado nas eleições do próximo ano. Em entrevista ao jornal 96, da 96 FM de Natal, a deputada petista disse que o partido tem “musculatura política e densidade” para encarar a disputa majoritária e que tem o apoio da direção nacional.
Embora continue dizendo que é candidata a renovar o mandato de deputada federal, a professora Fátima Bezerra já não esconde a empolgação com a possibilidade de disputar uma cadeira no Senado. Ela contou, inclusive, que foi abordada pelo presidente nacional,  Rui Falcão, em recente evento do partido. Depois de dizer que o partido estava sabendo que ela poderia ser candidata ao Senado ou ao Governo, Falcão teria afirmado que a direção nacional do PT prefere que ela dispute a senatória.
Para Fátima, a abordagem e afirmação do presidente nacional do partido mostram que o PT vem realizando o trabalho de mapeamento do cenário político com vistas às eleições de 2014. Ela repetiu o discurso petista segundo o qual a prioridade é a reeleição da presidente Dilma Roussef. Mas, disse também que está na hora de o PT do Rio Grande do Norte acompanhar o crescimento que a legenda vem experimentando nacionalmente.

CONVERSAS
Na noite desta quinta-feira (23), a comissão política formada por Fátima Bezerra, o deputado estadual Fernando Mineiro, o vereador Hugo Manso, o presidente estadual, vereador Eraldo Paiva, além de outros integrantes, recebeu uma comitiva do PSD, último dos quatro partidos procurados pelo PT para conversar sobre as eleições de 2014.
Aguardado para conversar, o presidente estadual do PSD, vice-governador Robinson Farias e declaradamente pré-candidato a governador, não chegou sozinho à sede do PT no Barro Vermelho, bairro da região central de Natal. Estava acompanhado do filho Fábio Farias, deputado federal, dos deputados estaduais Gesane Marinho e José Dias e vários prefeitos eleitos pela legenda.
Adversários em muitas eleições, em que frequentaram palanques diferentes, Fátima Bezerra e Robinson Faria nunca estiveram tão próximos. PT e PSD, criado por inspiração do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, convergem quando o assunto é a reeleição da presidente Dilma. E convergem também no plano local quando defendem a tese de que as oposições ao governo Rosalba Ciarlini devam se reunir e apresentar uma chapa forte e coesa, com condições de vitória. Fátima Bezerra sonha com o Senado, Robinson Farias é candidato ao governo, principalmente depois do rompimento com a governadora em outubro de 2011.
O encontro com Robinson e a comitiva do PSD concluiu a primeira rodada de conversas com os partidos que fazem oposição ao governo Rosalba Ciarlini e que também figuram entre os estão na base política do governo Dilma Roussef. Antes, do PSD, a comissão política do PT se encontrou com o PDT do prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, com o PC do B do vereador George Câmara e com o PSB da vice-prefeita de Natal Wilma de Faria e ex-governadora.
Desses prováveis aliados nas eleições de 2014, segundo observou Fátima Bezerra, o único “porém” diz respeito ao PSB, cujo presidente nacional, o governador pernambucano Eduardo Campos, ensaia, discursa e pinta como candidato a presidente da República.  A deputada federal petista disse que dirigentes e parlamentares do PSB potiguar gostariam que o partido apoiasse a reeleição da presidente Dilma, mas não hesitará em acompanhar Campos no seu projeto eleitoral.

CRÍTICAS AO PMDB
Quanto ao PMDB, Fátima Bezerra reafirmou que o PT decidiu não esperar pelo partido presidido no Rio Grande do Norte pelo deputado federal Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara dos Deputados. Ela foi enfática ao considerar “incoerência” e “contradição” políticas o fato de o PMDB fazer parte do governo federal e, no Estado, apoiar o governo do DEM cujo presidente nacional é o senador José Agripino Maia “que faz uma oposição sistemática e raivosa” ao governo da presidente Dilma e do vice-presidente Michel Temer, do PMDB.
Fátima Bezerra praticamente creditou ao deputado Henrique Alves a decisão de continuar apoiando o governo democrata. Disse que o senador licenciado e ministro Garibaldi Filho mostra desconforto no apoio do PMDB a Rosalba Ciarlini e defende o rompimento.
Enquanto é obrigado a conviver e aceitar as posições antagônicas do PMDB nos planos federal e estadual, o PT vai ampliar as conversas com os partidos que considera mais próximos de formar uma aliança eleitoral. Fátima Bezerra defende que a partir de junho o PT e os demais partidos deverão montar agenda conjunta de encontros e debates em várias regiões para começar a construir as bases da futura aliança, começando por propostas de governo.
A deputada federal Fátima Bezerra, que será homenageada nesta sexta-feira numa festa de aniversário denominada “Escrito nas Estrelas”, mostrou, definitivamente, que tem pressa.

fonte De fato.com

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