terça-feira, 28 de maio de 2013

Secretária vai à Justiça para acabar com greve: “É contra os alunos”

Lamentável. Foi com essa palavra que a secretária Municipal de Educação (SME), Justina Iva, classificou a decisão dos professores de manter a greve, recusando uma proposta de 10% de aumento. Segundo ela, a paralisação do trabalho só prejudica os alunos. “O que nós apresentamos como proposta é o possível para este ano, e a partir de agosto, pois só a partir daí estaremos abaixo do limite fiscal da Lei de Responsabilidade Fiscal”, se justificou diante da recusa da proposta de 10%.

“Eles defendem 10% em junho, 10% em julho e mais 32% em agosto. Isso não existe. Ninguém decidiu até hoje fazer isso. Nós já acenamos com 10%, que é superior a correção do piso salarial nacional. É impraticável o que eles propõem, por incapacidade financeira. Não podemos passar dos 10% porque não temos dinheiro suficiente para isso. Nenhum gestor público pode avançar com vantagens salariais sem estudos de impacto”, analisou.
Segundo Justina Iva, o município já admitiu mais de 400 professores este ano e tenta diminuir o déficit da classe. “Semanalmente nós temos exonerações, aposentadorias, existências, desistências, e só hoje já me pediram para convocar mais 50 professores. A folha de pagamento por si só já e muito cara”, acrescentou. A secretária também revelou que na sexta-feira, segundo o último levantamento feito, havia 30 escolas com adesão total à greve, 58 com adesão parcial e 48 escolas ainda estavam sem adesão à greve. “A greve não é contra o secretário, não é contra o professor, a greve é contra os alunos. Professores continuam recebendo salários, seus filhos estão em escolas particulares, enquanto estão sem trabalhar”, criticou.
“Nós já estamos elaborando a judicialização da greve dos professores, que ainda esta semana deve ser encaminhada à Procuradoria. Se não há entendimento, porque permanecer prejudicando tantas famílias? É o atropelamento de uma lei federal. Já sentamo-nos com o sindicato, já contemplamos cinco das demandas que eles nos trouxeram. Decretada a ilegalidade, eles devem retornar ao trabalho, com a obrigadão de repor os dias não trabalhados”, acrescentou Justiça Iva.

fonte portal noAr

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