quarta-feira, 29 de maio de 2013

Garibaldi sinaliza que pode disputar o governo do Estado

“É este carinho do povo que às vezes me faz pensar em entrar em disputadas mais acirradas e que nem desejo entrar”, afirmou o ministro da Previdência, Garibaldi Filho (PMDB), ainda na manhã desta segunda-feira, durante a solenidade em homenagem ao seu pai, o senador Garibaldi Alves (PMDB), que nesta data completou 90 anos e recebeu da Assembleia Legislativa o “Mérito Legislativo José Augusto”, a mais alta honraria do parlamento estadual.
Na avaliação de analistas políticos, a declaração do ministro sinaliza claramente para uma possível mudança de viés do ex-governador do Rio Grande do Norte no que diz respeito à possibilidade de ele disputar, pela quarta vez, a cadeira de chefe do executivo potiguar. Nas duas primeiras vezes, Garibaldi elegeu-se e reelegeu-se governador, em 1995 e 1998. Na terceira, em 2006, ele perdeu para a ex-governadora Wilma de Faria (PSB), que disputava a reeleição. Caso decida se candidatar novamente a governador, Garibaldi poderá ser o primeiro governador na história do Estado a governar o estado três vezes, dada a sua posição privilegiada, segundo pesquisas de consumo internas.
O mesmo vale para a atual vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria, que também governou o estado por duas ocasiões e tem sido posta, nas últimas semanas, como pré-candidata a governadora no ano que vem. Se ela disputar e vencer, será a primeira política a governar o estado por três vezes.
Hoje, os maiores líderes do Rio Grande do Norte são os senadores José Agripino Maia e Garibaldi Filho. Os dois são ex-governadores por duas vezes e quatro e três vezes, respectivamente, senadores da República. Logo atrás vem a ex-governadora Wilma de Faria que, caso consiga governar o estado pela terceira vez, ultrapassaria Garibaldi e Agripino no número de mandatos de governador, se tornando incontestavelmente a maior liderança política do Estado.
Apesar disso, estrategicamente, Wilma e Garibaldi evitam aceitar que podem ser candidatos nas eleições do ano que vem. Garibaldi revela nos bastidores que não deseja trocar o “céu” do Senado pelas intermináveis reuniões com sindicatos de servidores, viagens a Brasília e reuniões com secretários dos mais diversos setores da administração. Ele assegura que “já deu” a sua contribuição. No entanto, a declaração dele de que o carinho do povo às vezes o faz pensar em entrar em disputadas mais acirradas e que nem deseja entrar, reacende a possibilidade de ele aceitar disputar o governo pelo PMDB novamente.
Pesquisa recente, atribuída ao PT, apresenta um quadro em que o ministro aparece com 57% das intenções de voto, sendo seguido por Wilma, com 32%. A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) teria 16%. Outro dado que animaria o ministro seria o apoio do Palácio do Planalto. A presidente Dilma Rousseff veria em Garibaldi seu aliado mais forte para liderar o palanque petista no Rio Grande do Norte. Neste sentido, nos últimos tempos foi notada a intensificação de divulgação das ações do Ministério da Previdência no Rio Grande do Norte. Será que seria a pedido do ministro?
Wilma de Faria, que teve a pré-candidatura “incensada” pela possibilidade de o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disputar a Presidência da República, admite a possibilidade de disputar o governo, mas afirma que seu projeto prioritário é a Câmara dos Deputados. Contudo, Wilma estaria em campanha para o governo. Hoje mesmo, como vice-prefeita, ela esteve em Ceará Mirim, visitando a Central do Cidadão local. Também nos últimos meses e, especialmente, semanas, Wilma tem apontado falhas do governo Rosalba, em declarações à imprensa e nas redes sociais.
A novidade mais robusta, entretanto, foi a declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, ao ser abordado por O Jornal de Hoje a respeito da pesquisa Certus que deu vitória do vice-governador Robinson Faria sobre Rosalba, com maioria de 37 pontos. Segundo Henrique, pesquisa que se preze deve constar os nomes de Garibaldi e Wilma de Faria.
Procurados para comentar as declarações de Henrique, Garibaldi e Wilma não atenderam nem retornaram as ligações telefônicas.


fonte portal JH

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