Sindicalistas e profissionais dos setores da educação, saúde e
mobilidade urbana realizaram, na manhã desta quarta-feira (10), um ato
público em alusão aos 100 dias da nova gestão municipal e 2 anos e 4
meses do atual governo estadual. Em caminhada pelas ruas do Centro da
Cidade, com direção à Prefeitura de Natal, dezenas de manifestantes
denunciaram o descaso com os trabalhadores e com os serviços prestados à
população. A crise na saúde, a falta de transporte em algumas
comunidades e o déficit de vagas e de professores nas escolas foram os
temas mais reforçados.
A manifestação foi uma proposição da vereadora Amanda Gurgel (PSTU),
aprovada em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da
rede pública (Sinte/RN). Segundo a coordenadora geral, Fátima Cardoso, o
sindicato incorporou o ato em seu calendário de mobilizações. “É mais
uma forma de nós nos comprometermos com a sociedade e com os seus
direitos, mostrando que estamos dispostos a lutar por eles”, diz Fátima.
Para a parlamentar Amanda Gurgel, o ato público é uma oportunidade de
mostrar um contra-ponto do discurso do prefeito e do governadora, “os
quais alegam que está tudo muito bem na cidade”. “Mas nós estamos
provando que não está. Quando digo nós, não falo como vereadora nem em
nome do meu partido, mas sim em nome de diversos profissionais
terceirizados que estão aqui querendo trabalhar, e das crianças que
estão sem vagas nos Centros Municipais de Educação, esperando auxiliares
de sala”, disse.
Segundo a vereadora, apenas as coisas que estão aos olhos da
população vem sendo melhoradas. “É verdade que os buracos estão sendo
tapados. É verdade que o lixo está sendo retirado. Mas os problemas
estruturais da saúde e da educação não são resolvidos. Está nítido que
esses não são pontos de prioridade para a prefeito Carlos Eduardo e a
nossa governadora. Paciência foi o que Rosalba Ciarlini nos pediu há
dois anos e quatro meses e Carlos Eduardo está fazendo do mesmo jeito,
mas não queremos dar essa paciência a ele”.
Entre os manifestantes estava uma educadora que trabalhava como
auxiliar de sala em um dos CMEIs em Natal, mas foi demitida
injustamente. Sem querer se identificar, temendo ter dificuldades para
conseguir emprego, ela informou que os problemas nas escolas persistem.
“Muitas crianças estão sem aula e nós não podemos contribuir para mudar
isso porque não temos oportunidade de trabalho”, disse.
Segundo ela, a demissão dos auxiliares de sala foi realizada de forma
indevida pela Secretaria Municipal de Educação. “Nos demitiram porque
fomos contratados como agentes de limpeza e a Prefeitura não possui
cargo de auxiliar de sala de forma legal. Eu nunca fui agente de
limpeza, inclusive tenho qualificação para atuar como educadora”,
relatou.
Célia Dantas, diretora do Sindicato dos Trabalhadores de Saúde,
também esteve reivindicando os direitos da categoria durante o ato
público. “Nós temos problemas sérios acontecendo no setor da pediatria
dos hospitais, além de falta de profissionais capacitados para atuar
diretamente nessa área. Além disso, aproveitamos o momento para
reivindicar medicamentos, equipamentos e estrutura mínima nos postos que
tratam da saúde básica, situação que leva à superlotação nos
hospitais”, afirmou.
fonte portal JH
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