Cumprindo agenda em Brasília/DF, a governadora Rosalba Ciarlini
participou ontem de reunião sobre a reforma do Pacto Federativo,
realizada no Salão Negro do Senado. A discussão iniciou pela partilha
dos recursos que a União deve destinar à Federação, por meio do Fundo de
Participação dos Estados. Neste encontro, os presidentes do Senado,
Renan Calheiros, e o da Câmara dos Deputados, Henrique Alves,
acompanhados de líderes partidários, receberam os governadores dos
estados brasileiros e do Distrito Federal, à exceção de Piauí, Maranhão,
Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Os governantes defenderam a
votação de quatro propostas relacionadas ao Pacto Federativo, sendo uma
delas, a discussão de uma proposta de emenda à Constituição que impeça a
aprovação de projetos que representem aumento de despesas para os
estados sem que seja apontada a fonte de receita. Na ocasião, os
governadores apresentaram, ainda, uma proposta que prevê o aumento do
limite anual de endividamento dos estados, além de zerar a alíquota que a
União cobra aos estados em PIS/Pasep.
A governadora Rosalba Ciarlini
chamou a atenção para a situação em que os estados vivem e acredita que
a revisão do Pacto Federativo será fundamental para garantir ao povo do
Rio Grande do Norte uma melhor qualidade de vida e eficiência dos
serviços públicos. "Para que os estados e municípios possam realmente
atender a demanda e aos seus deveres constitucionais é preciso que os
recursos do povo brasileiro, ou seja, da União sejam distribuídos de
forma mais justa e igualitária, a fim de respeitar as diferenças
regionais. Se conseguirmos isso, poderemos ter melhores condições para
satisfazer as necessidades de saúde, segurança e educação que são o
tripé da cidadania e, ainda, trazer mais investimentos para o nosso
Estado. A hora de fazer a reforma é essa para que o Brasil possa ser
maior e mais justo", afirmou a governadora.
O formato de distribuição
dos recursos do Fundo foi considerado inconstitucional pelo Supremo
Tribunal Federal, que deu ao Congresso o prazo até 31 de dezembro de
2012 para a aprovação de novos critérios de rateio. A ideia do
Legislativo é chegar a um consenso com os estados para colocar a
proposta apresentada pelo senador Walter Pinheiro em votação já no
próximo dia 19. De acordo com o relatório, os estados com receita menor
serão compensados com recursos de um fundo que seria formado pelo
excedente da arrecadação tributária em relação ao aumento da inflação.
Governadora quer que quatro pontos sejam mudados
Como resultado da reunião que fará na segunda-feira, os governadores
apresentaram uma proposta de consenso englobando quatro pontos, que
serão levados para análise no plenário das duas casas.
Para a
governadora Rosalba Ciarlini, os executivos estaduais não têm condições
de atender às exigências feitas aos estados. A governadora defende uma
melhor distribuição dos recursos da segurança, saúde e educação, possam
ser redistribuídos para que os governos tenham condições de honrar com
todas as necessidades de municípios e estados.
As propostas consensuais são:
1
- Dívida pública: redução de 33% da receita líquida real; pagamento da
dívida, conversão para 30%, ao ano, do comprometimento da receita
corrente líquida para a contratação de operações de crédito.
2 - Aprovação da PEC que impede a geração de despesas reais para os estados sem a indicação da fonte dos recursos;
3
- Ampliação da base do FPE e FPM. Pela avaliação inicial, a base de
cálculo ficaria em 13% para a formação do FPE e de 13,5% para o FPM;
4 - Zerar a alíquota do Pasep. Hoje é de 1% da receita dos estados e municípios.
fonte o mossoroense
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