da Agência Brasil
Brasília - A partir de (1º), a gasolina vendida nos postos do
país volta a ser comercializada com 25% de etanol anidro, e não mais
20%, como estava em vigor desde 2011. A medida foi adotada como um incentivo aos produtores
de cana-de-açúcar e antecipada pelo governo para ajudar a reduzir o
impacto do aumento do preço da gasolina, registrado em janeiro deste
ano.
O aumento de etanol na mistura não prejudica o motor dos carros nem
reduz seu desempenho, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de
Veículos Automotores (Anfavea). De acordo com a entidade, os motores
estão preparados para receber gasolina com porcentagem média de 22% de
etanol, mas existe uma margem que permite percentuais maiores ou
menores. A Anfavea lembra que a medida já foi adotada outras vezes e que
isso não causa problemas nos automóveis.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) estima que a produção
do etanol anidro (destinado à mistura com a gasolina) no Centro-Sul do
país deve crescer 28,29% na safra 2013/2014 em relação ao período
anterior, por causa do aumento do percentual de etanol na gasolina. “A
Unica considera a decisão positiva, na medida em que gera demanda
adicional, garantida pelo etanol anidro, beneficiando produtores e
consumidores, já que o incremento na mistura gera redução nas emissões
de gases causadores do efeito estufa”, diz a entidade.
A medida faz parte de um pacote de ações lançado pelo governo
para incentivar a produção de etanol no país, que inclui a concessão de
um crédito tributário de R$ 1,181 bilhão por ano aos produtores, que
poderá ser reduzido do recolhimento do Programa de Integração
Social/Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social
(PIS/Cofins).
Para o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a mudança é
benéfica para os consumidores, produtores e para o país como um todo. “A
venda de gasolina com maior volume de etanol anidro possibilita aos
produtores elevar a comercialização de um combustível com maior valor
agregado, permite a redução da importação de gasolina, disponibiliza ao
consumidor um combustível menos poluente, além de criar condições para
uma ligeira redução nos preços da gasolina”. Segundo ele, essa redução
deve ficar em torno de 0,5%.
Em outubro de 2011, o governo havia determinado a redução da quantidade de etanol anidro misturado à gasolina
de 25% para 20%, como precaução, em função das incertezas em relação à
safra de cana-de-açúcar e ao comportamento dos mercados global e interno
de etanol.
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