Quem foi que disse que o que está ruim não pode ficar pior? Eleita
prefeita em 2012, Cláudia Regina foi afastada do cargo e cassada. Agora,
prestes a ser apresentada como candidata na convenção que o DEM
realizará no domingo, ela se vê envolta a incerteza: não tem partido que
queira se coligar e, consequentemente, indicar seu candidato a vice.
Ontem, um dia depois de se reunir em sua casa, no bairro Nova
Betânia, com a empresária Seyssa Praxedes (PR), a governadora Rosalba
Ciarlini (DEM) e o ex-vereador Renato Fernandes (PR), Cláudia Regina
sofreu mais um baque: o presidente estadual do Partido da República,
deputado federal João Maia, desautorizou a composição que estava
acertada. E mais: avisou que o partido iria apoiar a candidata do PSB.
A certeza que se tem é que Cláudia Regina enfrenta uma série de
obstáculos. A começar pela série de cassações mantida pelo Tribunal
Regional Eleitoral (TRE). Sua principal adversária em 2012, Larissa
Rosado, também não está em uma situação favorável no cenário.
As duas enfrentam a inelegibilidade decretada pelo Tribunal Regional
e dependem de liminar para se lançar candidatas na eleição suplementar
marcada para o dia 4 de maio.
Apesar da decisão do PR, de se coligar ao PSB, não foi uma medida
cautelosa. E sim porque existe a imposição do presidente da Câmara
Federal, deputado Henrique Eduardo Alves – presidente estadual do PMDB
–, de que não aceita que nenhum partido aliado ao PMDB às eleições de
2014 se aproxime politicamente da legenda da governadora Rosalba
Ciarlini em Mossoró.
E, para ter a certeza de que seria atendido, o deputado federal
Henrique Eduardo Alves impôs a mesma tática utilizada para direcionar o
PMDB mossoroense para a chapa do PSB: sua vontade. Caso o PR não tivesse
atendido, João Maia sairia da chapa de Henrique. João é o candidato a
vice-governador. Henrique, a governador.
Tudo conspira contra Cláudia Regina. Primeiro o afastamento do cargo
e as cassações, e agora o isolamento político a qual é submetida pelos
partidos que a apoiaram em 2012. O mesmo acontece com Larissa Rosado:
ela está praticamente à revelia do PSB e PMDB. Todos os demais partidos
que acompanharam Larissa e Cláudia Regina fecharam apoio ao prefeito
interino Francisco José Júnior (PSD).
E isso implica dizer que a insegurança jurídica nas candidaturas de
Cláudia Regina e Larissa Rosado tem levado à desistência de partidos
seguirem com alguma delas. Ninguém quer se “contaminar” com candidaturas
de ficha suja, já que as duas se enquadram na Lei da Ficha Limpa por
terem condenações mantidas por colegiado. No caso pelo Tribunal Regional
Eleitoral do Rio Grande do Norte.
gazeta do oeste
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