quinta-feira, 3 de abril de 2014

Republicanos abandonam Cláudia Regina

Quem foi que disse que o que está ruim não pode ficar pior? Eleita prefeita em 2012, Cláudia Regina foi afastada do cargo e cassada. Agora, prestes a ser apresentada como candidata na convenção que o DEM realizará no domingo, ela se vê envolta a incerteza: não tem partido que queira se coligar e, consequentemente, indicar seu candidato a vice.
 Ontem, um dia depois de se reunir em sua casa, no bairro Nova Betânia, com a empresária Seyssa Praxedes (PR), a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) e o ex-vereador Renato Fernandes (PR), Cláudia Regina sofreu mais um baque: o presidente estadual do Partido da República, deputado federal João Maia, desautorizou a composição que estava acertada. E mais: avisou que o partido iria apoiar a candidata do PSB.
 A certeza que se tem é que Cláudia Regina enfrenta uma série de obstáculos. A começar pela série de cassações mantida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Sua principal adversária em 2012, Larissa Rosado, também não está em uma situação favorável no cenário.
 As duas enfrentam a inelegibilidade decretada pelo Tribunal Regional e dependem de liminar para se lançar candidatas na eleição suplementar marcada para o dia 4 de maio.
 Apesar da decisão do PR, de se coligar ao PSB, não foi uma medida cautelosa. E sim porque existe a imposição do presidente da Câmara Federal, deputado Henrique Eduardo Alves – presidente estadual do PMDB –, de que não aceita que nenhum partido aliado ao PMDB às eleições de 2014 se aproxime politicamente da legenda da governadora Rosalba Ciarlini em Mossoró.
 E, para ter a certeza de que seria atendido, o deputado federal Henrique Eduardo Alves impôs a mesma tática utilizada para direcionar o PMDB mossoroense para a chapa do PSB: sua vontade. Caso o PR não tivesse atendido, João Maia sairia da chapa de Henrique. João é o candidato a vice-governador. Henrique, a governador.
 Tudo conspira contra Cláudia Regina. Primeiro o afastamento do cargo e as cassações, e agora o isolamento político a qual é submetida pelos partidos que a apoiaram em 2012. O mesmo acontece com Larissa Rosado: ela está praticamente à revelia do PSB e PMDB. Todos os demais partidos que acompanharam Larissa e Cláudia Regina fecharam apoio ao prefeito interino Francisco José Júnior (PSD).
 E isso implica dizer que a insegurança jurídica nas candidaturas de Cláudia Regina e Larissa Rosado tem levado à desistência de partidos seguirem com alguma delas. Ninguém quer se “contaminar” com candidaturas de ficha suja, já que as duas se enquadram na Lei da Ficha Limpa por terem condenações mantidas por colegiado. No caso pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte.


gazeta do oeste

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