Do topo à decadência. Assim pode ser resumida a situação do
Democratas de Mossoró cujo expoente maior é o grupo chamado de
rosalbismo.
Desde a década de 1980, quando se afastou
politicamente dos tios, Carlos Augusto Rosado tinha como meta chegar ao
Governo do Estado, repetindo o feito do pai, Dix-sept Rosado nos anos
1940.
A partir daí foi feito um projeto político para chegar ao poder
passando pela Prefeitura de Mossoró, que iniciou com dificuldades em
1988 por conta da rejeição ao nome de Carlos Augusto que terminou
lançando a esposa Rosalba Ciarlini à Prefeitura.
Após três passagens
bem avaliadas pelo poder tinha chegado a hora de dar o passo adiante ao
sonho de chegar ao Governo, mas era preciso paciência.
Primeiro
Rosalba conseguiu disputar e vencer para o Senado em 2006. Depois ela
iniciou o trabalho para chegar ao Governo do Estado em 2010.
Nunca o rosalbismo teve tanto poder em mãos como a partir de 2011. Estava com a Prefeitura de Mossoró e o Governo do Estado.
Mas
nas eleições de 2012 faltava um candidato para a Prefeitura de Mossoró.
Enquanto tentavam convencer a prefeita Fafá Rosado a renunciar em favor
da vice-prefeita Ruth Ciarlini, Larissa Rosado crescia nas pesquisas e
se tornava favorita.
O rosalbismo só decidiu por Cláudia Regina em
maio. A situação complicada obrigou o grupo a concentrar esforços em
Mossoró. Acabou vencendo a mais conturbada eleição da história
mossoroense, mas acabou sofrendo uma série de problemas na Justiça
Eleitoral.
Sem o poder nas mãos em Mossoró por causa do afastamento
de Cláudia e sem aliados no plano estadual, o Democratas de Mossoró hoje
sofre.
O partido não tem um nome competitivo e viável para a eleição
suplementar. Insiste na candidatura de Cláudia Regina mesmo sabendo das
dificuldades jurídicas.
Cláudia foi lançada sem ter o apoio de um único vereador e já teve o registro de candidatura duas vezes negado.
O
Democratas mossoroense já chegou a ter cinco vereadores quando o
Legislativo local tinha apenas 13 cadeiras. Hoje tem dois edis. A
legenda perdeu um deputado federal, Betinho Rosado, que foi para o PP e
corre risco de perder o mandato por infidelidade partidária. A
ex-prefeita Fafá Rosado já saiu do partido e o marido dela, o deputado
estadual Leonardo Nogueira, diverge do comando partidário em nível
municipal.
Maior expoente do demismo local, a governadora Rosalba
está com problemas na Justiça Eleitoral e corre sério risco de ficar
inelegível até 2020 por causa de irregularidades na campanha de 2012.
O partido está atualmente sem renovação de quadros.
Partido corre risco de sofrer maior derrota em Mossoró
O
Democratas de Mossoró está numa encruzilhada na campanha suplementar.
Com a situação de Cláudia Regina se aproximando da inviabilidade
política o partido está atordoado.
Os nomes que restam não possuem densidade eleitoral e têm contra si a falta de tempo para se massificar junto ao eleitorado.
Outra
alternativa seria Rosalba Ciarlini se aproximar de um dos principais
grupos que restam na disputa. De um lado o PSB que segue com a
candidatura de Larissa Rosado. Do outro o prefeito interino Francisco
José Júnior (PSD) .
Seja qual dos dois o eleito, será um desastre para o Democratas local.
Para
minimizar isso, a alternativa seria buscar uma aliança com um dos
grupos. Sandra Rosado é uma adversária histórica e há dificuldades para
um entendimento político.
Já Francisco José Júnior é um liderado do vice-governador Robinson Faria (PSD), arqui-inimigo de Rosalba.
Ela teria que superar arestas políticas para se encaixar em um desses grupos.
de o mossoroense
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