Falta de professores, excesso de cupim no teto, ausência de uma
quadra poliesportiva, instalação elétrica comprometida. Essas são
algumas reclamações de alunos e professores da Escola Estadual José
Martins de Vasconcelos, localizada no bairro do Liberdade I, zona leste
de Mossoró.
De acordo com a vice-diretora da instituição, Rozilene Freitas, que
trabalha há 16 anos no local, a escola, fundada em 1982, nunca recebeu
nenhuma reforma por parte do Executivo estadual, apenas pequenos reparos
em sua estrutura.
Há algumas semanas, durante uma chuva, parte do forro da sala da
vice-diretora desabou. No mesmo período, por falta de manutenção nas
instalações elétricas, um ventilador pegou fogo, causando transtornos a
alunos e professores que estavam na sala, durante o ocorrido.
Ainda de acordo com a vice-diretora, boa parte da instalação elétrica
precisa ser revista para que outros transtornos como esse não venham a
acontecer.
A escola também passa por outros problemas durante as chuvas. É que
as águas das chuvas acabam invadindo as salas de aulas e causando
transtornos. “A gente tenta dar um jeito, amenizar a situação para não
interromper as aulas durante as chuvas”, diz a vice-diretora.
A escola tem 619 alunos, 100 discentes a mais do que no ano passado e
funciona nos turnos matutino e vespertino. Apesar da grande quantidade
de alunos, um problema que já se arrasta algum tempo é a falta de
professores. Faltam docentes para as disciplinas de português,
matemática, espanhol, química, física e biologia.
Na segunda-feira passada, a reportagem da GAZETA DO OESTE constatou
vários alunos do lado de fora, sem aulas, por falta de professores. Um
deles é Luelson José, de 18 anos, que está no 3º ano do ensino médio,
prestes a fazer o vestibular para tentar ingressar em uma faculdade.
“Hoje só tive as duas primeiras aulas. Acho que essa escola precisa de
mais professores”, diz o aluno, que também elenca a necessidade de
extintores de incêndio na instituição.
Isamara da Silva Soares, de 15 anos, que estuda no 1º ano do ensino
médio, também reclama. “Eu deveria estar assistindo aula de física
agora, mas não tem professor”, dispara a aluna.
De acordo com a vice-diretora, Rozilene Freitas, a diretoria da
instituição já enviou ofícios à 12ª DIRED (Diretoria Regional de
Educação e Desporto) comunicando sobre a necessidade de mais
professores. “Espero que tudo isso seja logo resolvido. Os alunos estão
sendo muito prejudicados”, lamenta a profissional. “A nossa esperança é
essa reunião que teremos com a Dired ainda nesta semana”, complementa.
Ela ainda diz que a falta de professores é uma reclamação recorrente
dos pais dos alunos. “Já recebi várias ligações dos pais dos alunos para
saber se há previsão para a chegada de professores”, frisa. “Há dias,
por exemplo, em que o 9º ano não tem uma aula sequer ”, lamenta a
educadora, reforçando a necessidade urgente de mais professores.
Insegurança
Além da estrutura precária e da falta de professores, alunos e
funcionários da instituição reclamam da falta de segurança no local. É
que, há algumas semanas, roubaram parte do ar-condicionado da sala dos
professores e também furtaram as câmeras de segurança que havia no
local.
O outro lado
A reportagem da GAZETA DO OESTE entrou em contato com a assessoria de
comunicação da Secretaria de Educação do Governo do Estado.
De acordo com a assessoria, a escola será contemplada com uma quadra
poliesportiva, que custará R$ 469 mil. A quadra começará a ser
construída já no mês de abril e ficará concluída, de acordo com a
Secretaria, em um período de 90 a 120 dias, após o início das obras.
Ainda foi dito que a escola poderá receber uma reforma em sua estrutura durante a construção da quadra.
Quanto a falta de professores, um dos problemas mais críticos da
instituição, a assessoria disse que o Governo do Estado aguarda um
relatório de todas as Direds para saber quais as disciplinas que possuem
uma maior carência de discentes para suprir essa necessidade. Disse,
ainda, que o processo de contratação de professores temporários está
quase concluído e que suprirá a falta de professores em boa parte das
escolas estaduais. Ainda foi garantido que, a partir de abril, os
professores temporários estarão em trabalho.
A assessoria ainda acrescentou que serão construídas 44 quadras, distribuídas em várias escolas estaduais.
gazeta do oeste
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