A presidente do PSB no Rio Grande do Norte, Wilma de Faria, aceita o
apoio do DEM do senador José Agripino Maia e da governadora Rosalba
Ciarlini (DEM) a sua candidatura ao Senado – desde que o partido
adversário não lance candidaturas, nem ao governo, nem ao Senado, mas
apenas se coligue na disputa proporcional, de deputados federais e
estaduais. “Não temos preconceito. No entanto, nós precisamos saber como
vai ficar tudo isso”, afirmou a pré-candidata do PSB ao Senado, durante
entrevista à FM 94 nesta terça.
Wilma deixou claro que foi e é oposição ao governo Rosalba Ciarlini,
mas admitiu a possibilidade de o DEM não lançar a candidatura de Rosalba
– nem candidatura ao Senado – o que abriria a possibilidade de o
partido, presidido estadual e nacionalmente por Agripino, apoiar a
pessebista para o Senado Federal. Agripino, em entrevista à imprensa, já
admitiu não ter dificuldade de apoiar Wilma para a Alta Câmara.
Além do possível apoio do DEM (o Diretório do DEM vai decidir no
próximo dia 2), Wilma deverá contar com os apoios de partidos como PSDB e
PPS a sua candidatura ao Senado. Tudo acertado dentro do acordo com o
PMDB, do pré-candidato ao governo, Henrique Alves, articulador da
aliança. Apesar disso, a ex-governadora prefere a cautela antes de
confirmar a aliança contendo DEM, PSDB, PPS e companhia. “Ainda não está
formada essa aliança que as pessoas estão falando. Nós estamos ainda
conversando. Ainda tem algumas coisas para se concretizarem”, advertiu.
Segundo a ex-governadora, “de fato precisa que haja as últimas
conversas e, como nós temos até o dia 30 de junho para as convenções,
então até 30 de junho nós vamos ter a certeza de como ficará essa
aliança”, disse. “Nós ainda não temos uma definição, mas já temos muitos
partidos que estão vindo para somar”, disse a ex-governadora.
No DEM, a expectativa está voltada para a reunião do diretório no
próximo dia 2. Na oportunidade, os integrantes da executiva estadual da
legenda irão definir qual será a prioridade do partido: se a reeleição
da governadora ou a aliança com Henrique e Wilma. Com a sinalização de
Wilma, na entrevista de hoje, fica evidente que o apoio do DEM a sua
candidatura ao Senado será muito bem vindo.
CONSOLIDADA
Em sua entrevista, Wilma afirmou que já tomou a decisão e que a
candidatura dela, ao Senado, está consolidada. “A gente já tomou essa
decisão. Eu entendo que o Rio Grande do Norte está vivendo um momento de
caos e nós precisamos mudar essa história. Nós precisamos tirar o Rio
Grande do Norte da mídia negativa. A gente precisa tirar o Rio Grande do
Norte dessa situação de calamidade em relação à saúde, à segurança, à
assistência em relação ao homem do campo, que é uma coisa
importantíssima. Nesse sentido, minha candidatura ao Senado e a aliança
com esses partidos está consolidada”.
Wilma aproveitou boa parte da entrevista para criticar o governo
Rosalba Ciarlini. Ela afirmou que as críticas da atual governadora
direcionadas a ela se devem ao fato de que “as pessoas não são capazes
de cumprir a sua missão quando estão no governo”, e ficam, “o tempo
todo, dizendo que a culpa é do passado”.
Para Wilma de Faria, entretanto, “o povo é sábio e começa a fazer a
sua avaliação, suas comparações, compararam o passado com o presente, e
comparando o passado com o presente”, as pessoas “disseram que me
queriam de volta para o governo”. Segundo a vice-prefeita, “ainda
acontece, até hoje: há sempre alguém que diz ‘Wilma, eu gostaria que
você voltasse, porque você realizou, porque na sua época as coisas
funcionavam e hoje infelizmente o estado está parado’”.
Segundo a ex-governadora, o ‘volta, Wilma’ acontece, também, em
parte, porque ela sempre esteve na oposição. “Você sabe que eu não votei
em Rosalba. Não aceitava. Achava que ela não era o ideal para o Estado.
Isso foi demonstrado de fato, depois que ela assumiu. Infelizmente ela
ficou durante um ano só criticando o governo que passou. Depois ela
disse que no segundo ano já ia ter uma grande administração e os anos
foram passando e a gente começando a ver que cada vez que os anos
passavam pior ficava o governo”.
“Aliança não é acordão”
Longe de aceitar a pecha de acordão, para Wilma, a aliança em torno
das candidaturas majoritárias dela e do presidente da Câmara dos
Deputados, Henrique Alves, a governadora, bem como da chapa
proporcional, é democrática. “Essa aliança é democrática, que quer fazer
uma transformação na situação de caos que o Rio Grande do Norte vive
hoje e com isso a gente busca fazer com que esse estado mude. Que o povo
comece a sentir que o governo funciona”.
Ela defendeu a candidatura de Henrique a governador, afirmando que “é
necessário alguém como o presidente da Câmara” conduzindo os destinos
do Rio Grande do Norte. “Henrique hoje tem tido um sucesso muito grande à
frente da Câmara, cumprindo os compromissos, até, muitas vezes,
colocando em pauta determinadas matérias importantes para a população”.
Segundo ela, Henrique “vai continuar fazendo e tem capacidade de trazer
os recursos, de fazer pressão, para que tenhamos mais condições
estruturais para tirar o Rio Grande do Norte desse caos administrativo
em que nós estamos vivendo”.
Wilma afirmou que a população está aprovando a chapa Henrique/Wilma.
“Eu não tenho sentido rejeição a Henrique. Ele passou muito tempo sendo
candidato a deputado federal, agora está em uma eleição majoritária. A
gente sente que há, pelo menos o que eu ouço falar, vejo nas pesquisas
de opinião e tudo mais, uma aprovação, porque ele está sendo bem
aceito”, afirmou. “A pesquisa maior é aquela que a gente vê. Eu que ando
muito, que converso com as pessoas de todas as classes sociais, sinto
que há apoio ao seu nome, assim como também com relação ao meu nome. Eu
sinto esse apoio da população”.
do portal JH
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