sábado, 24 de maio de 2014

Reitor anuncia que decisão sobre SiSU pode ser antecipada

O reitor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), Pedro Fernandes, anunciou durante audiência pública promovida na manhã de ontem, 22, na Câmara Municipal de Mossoró (CMM), que a decisão sobre a instituição aderir à nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como forma de ingresso dos estudantes no Ensino Superior pode ser antecipada.
"A decisão deve ser tomada e anunciada entre julho e agosto, mas, dependendo dessas discussões, na Câmara, em outros municípios, talvez até a gente antecipe, mas só iremos discutir no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) quando tivermos enriquecido todos os argumentos", relatou Pedro Fernandes.
Ainda na audiência pública, proposta pelo vereador Alex Moacir e que contou com a presença de representantes da comunidade acadêmica, Secretaria Municipal de Educação, 12ª Diretorial Regional de Educação, Cultura e Desporto (Dired), Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RN (IFRN), escolas particulares, entre outros, o reitor Pedro Fernandes destacou os benefícios que a adesão ao Sistema de Seleção Unificada (SiSU) pode trazer para a Uern:
"Por parte da Universidade, ela está vendo a questão da assistência estudantil. Com adesão ao Enem/SiSU, a Uern terá nos seus cofres mais de R$ 2 milhões, oriundos do Governo Federal, através do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAEST). Vamos deixar de gastar R$ 200 mil no PSV, que custa hoje cerca de R$ 600 mil, sendo que arrecadamos R$ 400 mil com inscrições", frisou.
Além das questões financeiras, a adoção do Enem/SiSU acarretará, segundo o reitor, uma maior segurança no processo de seleção. "O Processo Seletivo Vocacionado é trabalhoso, queremos um trabalho focado em melhorias. Temos cursos como Medicina, que tem concorrência com mais de 100 por vaga, e nós sabemos que existe toda uma tentativa de entrar nesses processos por formas não legais. O Enem está consolidado, a Uern aguardou o momento ideal, em que todas as demais instituições atestassem o SiSU para iniciar essa discussão e uma provável adesão", ratificou.
Estudantes argumentam sobre a adesão ao Enem
Representante do movimento "Queremos o PSV 2015", Kennedy Menezes, defendeu a manutenção do Processo Seletivo Vocacionado, pelo menos até o ano que vem. "Não somos contra o Enem/SiSU, o que queremos é um tempo maior para adaptação. Toda mudança precisa ser lenta e gradual, não imposta arbitrariamente. É preciso entender que aquelas pessoas que já vinham se preparando para o PSV serão prejudicadas, aquelas que já concluíram o Ensino Médio também. A discussão precisa ser aprofundada", concluiu.
Já representando os estudantes secundaristas, a discente Maria Luíza, que cursa atualmente o 3º ano do Ensino Médio, se mostrou a favor da substituição do tradicional PSV pelo Enem/SiSU. "Eu me sinto preparada para o Enem. Com a adesão pela Uern, a permanência dos alunos na instituição será facilitada, pois a Universidade terá mais recursos para isso. A falta de recursos é um grave problema enfrentado pela Uern, que precisa, sim, adotar o Enem como forma de acesso o quanto antes", justificou.
O pró-reitor de Graduação da Ufersa, Augusto Pavão, a coordenadora pedagógica da 12ª Dired, Maria Alves, e a presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Uern, Lidiane Samara, também apresentaram argumentos a favor do Enem/SiSU como método de ingresso dos estudantes no Ensino Superior na Uern.

d o mossororense

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