Na assembleia, os servidores também protestaram
contra a ameaça de corte de ponto, feita pelo prefeito Carlos Eduardo.
Nesta segunda-feira, o Sindsaúde entrou com um mandado de segurança para
impedir o desconto.
Os servidores da Saúde realizaram ontem uma nova
assembleia, para avaliar a negociação com a Prefeitura de Natal,
realizada na semana passada. Os servidores decidiram manter a greve,
iniciada no dia 15 de abril. Eles consideraram insuficiente a proposta
de reajuste de 5,68%, diante de perdas salariais que superam 14%; cobram
o atendimento de reivindicações específicas da saúde, como a garantia
de segurança nas unidades, através de um plano próprio; e o reajuste do
valor das gratificações, algumas congeladas há mais de 10 anos.“O prefeito e o secretário Cipriano não estão atendendo as reivindicações da Saúde. Não podemos trabalhar com medo e recebendo R$ 36 por plantão”, afirma Célia Dantas, do Sindicato dos Servidores da Saúde do Rio Grande do Norte (SINDSAÚDE). “Não pode ser que tenha dinheiro para os comissionados e para decorara a cidade e não tenha para a saúde”, completou.
Na sexta-feira passada, 16, o prefeito Carlos Eduardo Alves anunciou o fim do abono, utilizado para complementar a remuneração de servidores cujo salário-base é inferior ao salário mínimo. A proposta contempla uma reivindicação dos servidores e dos sindicatos em greve. No entanto, menos de 20 servidores da saúde encontram-se nesta situação.
AMEAÇA DE CORTE DE PONTO
Na assembleia, os servidores também protestaram contra a ameaça de corte de ponto, feita pelo prefeito Carlos Eduardo. Nesta segunda-feira, o Sindsaúde entrou com um mandado de segurança para impedir o desconto.
A greve da saúde foi considerada legal pelo desembargador Cláudio Santos, em resposta à ação civil originária 2014008251-7, ajuizada pelo município de Natal. Na decisão, comunicada ao Sindsaúde no dia 13 de maio, o desembargador nega o pedido de ilegalidade da greve, determinando que o Sindsaúde mantenha 50% dos servidores de cada unidade trabalhando. A ação civil pedida pela Prefeitura de Natal também pedia que fosse determinado o desconto das faltas dos grevistas, o que foi negado pelo desembargador.
“A Prefeitura parece ignorar ou não se importar com a lei. Três dias depois da decisão da Justiça, o prefeito vai à imprensa anunciar que irá cortar o ponto. Isso é assédio moral coletivo, para pressionar os servidores”, denuncia Célia Dantas.
gazeta do oeste
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