“Nós esperamos que essa seja a primeira e única eleição ‘solteira’ da
história de Mossoró”. A afirmação foi feita ontem, pelo prefeito eleito
de Mossoró, Francisco José Júnior (PSD), ao ser questionado a respeito
da judicialização política desde o resultado final das eleições de 2012.
Ao ser entrevistado pelo jornalista Fabiano Morais, no Jornal do Dia
(TV Pontanegra), o chefe eleito do Poder Executivo no pleito suplementar
de domingo passado afirmou que a campanha de sua coligação foi feita,
respeitando acima de tudo a legislação eleitoral. “Eu não visitei nenhum
equipamento público”, ilustrou.
Francisco José Júnior citou ainda uma portaria publicada pelo
município vedando a ausência de servidores públicos municipais durante o
horário de expediente para acompanhar qualquer candidato. “Tomamos as
devidas precauções e a nossa equipe não deu trabalho a Justiça
Eleitoral, por isso acreditamos que seremos diplomados e vamos cumprir o
nosso mandato porque fizemos uma campanha limpa, de respeito e de
propostas”, afirmou o prefeito, fazendo questão de citar que, em nenhum
momento da campanha que durou 30 dias, respondeu às provocações ou
desrespeitou a Justiça Eleitoral.
Quanto às consequências políticas de sua eleição, o prefeito
Francisco José Júnior lembrou que desde as movimentações do ano passado,
o povo brasileiro está mais politizado, buscando os seus direitos e a
juventude, por sua vez, participando ativamente do processo de discussão
política. “E o que aconteceu domingo foi que Mossoró votou com
liberdade, com convicção, com segurança, com a consciência e a razão”,
filosofou.
Quanto a geração de emprego em Mossoró, o prefeito do município
explicou que a redução dos investimentos por parte da Petrobras afetou
seriamente a cidade, que sempre teve fortes ligação com a exploração do
petróleo desde o final da década de 70. “O que eu irei fazer como
prefeito é o que nós já estamos fazendo, ou seja, vamos trabalhar em
duas frentes. A primeira é a qualificação profissional e nós estamos
construindo as casas na Favela do Tranquilim e os moradores estão sendo
capacitados em cursos de pedreiro, mestre de obras, carpinteiro e
bombeiro hidráulico. Essas pessoas vão ganhar as casas, uma profissão e
automaticamente estarão empregadas. E na outra frente, nós vamos cuidar
da questão do aeroporto, pois as empresas não se instalam na cidade por
não existir o aeroporto. Então, nós vamos adequar a questão do aeroporto
e vamos olhar para o distrito industrial para que as empresas possam se
instalar na cidade e estarão entre duas capitais. Mossoró tem uma
capacidade de crescimento, por ser uma cidade polo e, como disse, ver a
questão do distrito industrial para aquelas indústrias que geram 20 ou
30 empregos e não geram mais por falta de espaço, então, nossa ideia é
ter um distrito industrial local e um outro para as indústrias que
vierem de outras localidades”, explicou o prefeito.
Questionado a respeito do transporte público em Mossoró, o chefe do
Poder Executivo admitiu que este será um dos seus principais desafios
como gestor da segunda maior cidade do Rio Grande do Norte. “Eu vou
apostar na resolução deste problema”, afirmou Francisco José Júnior,
informando que teve a oportunidade de conhecer o modelo implementado em
Curitiba (PR), que, segundo ele, é uma referência em se tratando de
mobilidade urbana no País. “Nossa frota de ônibus diminui a cada dia.
Nós só temos 17 ônibus na cidade, onde se deveria ter no mínimo 60
ônibus”, acrescentou, revelando que será realizada a licitação para
oferta do serviço de transporte público, agora, baseada no quilometro
rodado. “Com isso, os ônibus rodarão mais, pois, quanto mais rodarem,
receberão mais e transformaremos a nossa frota de ônibus em
micro-ônibus, confortáveis e também climatizados e com os requisitos de
acessibilidade”, assinala.
gazeta do oeste
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