A deputada federal Fátima Bezerra, do PT, não está se sentindo traída
pelo prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, porque ele escolheu
apoiar a chapa do PMDB/PSB e não a aliança PSD/PT. Contudo, é bem
verdade que, para a parlamentar, pré-candidata ao Senado, a decisão de
Carlos Eduardo representa um “equívoco”, uma vez que o PDT tem um
histórico de aproximação com o PT e o PSD mas, nesse pleito, ficará no
mesmo palanque que grupos como o DEM e o PSDB.
Na edição desta segunda-feira, O Jornal de Hoje publicou uma matéria
em que o vereador do PT, Fernando Lucena, criticou a atitude de Carlos
Eduardo, afirmando que Fátima o ajudou bastante, mas ele preferiu o
PMDB, traindo-a. “Não concordo com Fernando, a gente não pode colocar
política dessa forma. Claro que nós gostaríamos muito de ter o apoio do
prefeito Carlos Eduardo, bem avaliado e com quem temos afinidade
política”, afirmou Fátima, em entrevista ao Jornal das Seis, da 96 FM,
ressaltando que viu a decisão, de qualquer forma, como um erro político
do prefeito.
“É um equívoco. Não é questão de perdoar. Caberá a população avaliar
isso”, analisou Fátima Bezerra. “Uma coisa é a questão eleitoral.
Lamento o PDT ter tomado essa decisão, pela história, pela trajetória
que tem. Nós estranhamos o PDT se aliar a uma chapa de partidos mais
conservadores, como o DEM e o PSDB”, explicou Fátima Bezerra ao
justificar o porquê de achar que foi um equívoco do chefe do Executivo.
O apoio de Carlos Eduardo à aliança PSD/PT era esperada porque o
prefeito, no último pleito que participou, em 2012, teve o apoio do
vice-governador Robinson Faria, do PSD, durante toda a corrida
eleitoral. Fátima e o PT apoiaram ele no segundo turno, justamente,
contra um candidato do PMDB, Hermano Morais, que tinha o apoio de
Henrique Eduardo Alves, pré-candidato peemedebista ao Governo.
“Ele sabe que o apoio do PT foi decisivo (nessa eleição), mas a
expectativa que a tínhamos de ter o apoio do PDT não era por causa de um
toma lá da cá”, ressaltou Fátima, dizendo que também não usou a
influência que tem em Brasília, por ser do mesmo partido da presidente
da República, Dilma Rousseff, para conseguir recursos para Natal com a
intenção de garantir o apoio pedetista. “Ajudei (Natal) no passado, no
presente e vou continuar ajudando ainda mais. É minha obrigação, porque é
um dever republicano”, prometeu.
do portal JH
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