Aulas suspensas após tremores

As aulas nas escolas municipais de Pedra Preta, município localizado a 149 quilômetros de Natal, foram suspensas após os fortes tremores sentidos no início da tarde de ontem, dia 5. O evento de 3.5 graus na escala Richter foi registrado às 13h38 pelo Laboratório Sismológico da UFRN (LabSis/UFRN). Segundo o chefe de gabinete da Prefeitura de Pedra Preta, Neto de Oliveira, a suspensão das aulas foi uma orientação da Defesa Civil Estadual aos diretores dos colégios.

Um novo tremor foi sentido pelos moradores por volta das 16h  e confirmado pelo LabSis. De acordo com o técnico Eduardo Menezes, o mais recente tremor foi de 3.3 graus e é considerado médio. Já o registrado no início da tarde, o de 3.5 graus, foi o maior desta terça-feira. O abalo fez parte de uma sequência de quatro eventos de magnitude acima de 2.0 graus.

Joana LimaMais um dia sem aulas nas escolas do município de Pedra Preta devido aos tremores registrados na tarde de ontem

Na manhã de ontem, em reunião com o coronel Acioli, da Defesa Civil Estadual, a Secretaria de Saúde do Município solicitou psicólogos para atender os moradores da cidade. O técnico Eduardo Menezes disse que é comum algumas pessoas ficarem abaladas psicologicamente em eventos deste tipo.

Segundo uma das moradoras da cidade, Samara Damasceno, a população ficou apreensiva com os fortes tremores. “Eu estava em  uma fazenda com uns amigos e sentimos o chão tremer. Foram dois fortes tremores consecutivos”, disse a moradora. Ela disse ainda que amigos moradores das cidades de Jardim de Piranhas e Jandaíra também sentiram os abalos sísmicos.

Depois dos tremores de 3.3 graus, o chefe de gabinete garantiu que a população está tranquila, apesar dos fortes abalos. “As pessoas estão se acostumando com os tremores”, disse Neto de Oliveira. Os abalos sísmicos não podem ser previstos, portanto, não há como prever se continuarão e em qual escala.

Alguns natalenses também sentiram o abalo sísmico ocorrido no início da tarde e que tem como epicentro Pedra Preta. Segundo o técnico do LabSis, Suelio  Carolino, um dos equipamentos localizado na capital não consegue registrar com precisão se os tremores foram sentidos pelos natalenses. Assim, apenas os relatos das pessoas é que podem confirmar se o tremor foi sentido em localidades distantes  da área sísmica conhecida como Cabeço Preto. “Depende muito de onde a pessoa esteja para sentir o tremor”, informou o  técnico.

Os eventos vêm sendo intensos na localidade desde o dia 24 de outubro e o LabSis já registrou mais de 500. Só no mês de novembro ocorreram 22 tremores com magnitude variando entre 1.6 e 2.7 graus na escala Richter.

tribuna do norte