quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Deputado pede abertura de CPI para investigar o Governo Rosalba”

Quando a ex-governadora Wilma de Faria (PSB) reclama do atual Governo, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) responde dizendo que na gestão atual, pelo menos, não tem escandalos de corrupção como na de Wilma teve. Porém, segundo o deputado estadual Nélter Queiroz (PMDB) já é possível constatar uma série de indícios de esquema de corrupção. Por isso, o parlamentar está pedindo a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar, dentre outras coisas, o atraso no pagamento dos servidores do Executivo estadual.
Se for instaurada a CPI, a Assembleia vai ser mais uma instituição a investigar o caso do atraso de pagamento. Antes dela, Ministério Público do RN e Tribunal de Contas do Estado (TCE) já confirmaram que estão analisando a legalidade da “reprogramação” financeira, que é como o Governo está chamando a medida. Isso porque há informações de que o Estado tinha dinheiro em caixa mas, mesmo assim, atrasou o pagamento como forma de convencer o Supremo Tribunal Federal (STF) de que havia uma crise grave no Estado.
Além disso, há informação também de que o Executivo não respeitou uma série de exigências que são feitas antes de resultar no atraso salarial como, por exemplo, a redução de até 20% dos contratos de fornecimento e/ou a demissão de comissionados e a redução de cargos do Governo.
Porém, esse não é o único motivo para a instauração da CPI. Segundo Nelter Queiroz, em seu discurso feito no plenário da Assembleia, o mandato dele tem “graves informações de esquema de corrupção no Governo de Rosalba Ciarlini, que está apurando para em breve tornar público”.
BARRAGEM
Ainda em seu pronunciamento, Nelter fez críticas à governadora pelo fato de ter ido visitar a Barragem de Oiticica, que está sendo construída no município de Jucurutu, sem ter convidado o atual prefeito George Queiroz, nem o ex-prefeito Júnior Queiroz, nem muito menos ele próprio, que é filho da terra. “Rosalba faltou com respeito ao prefeito e a mim, e foi ingrata com o ex-prefeito Júnior Queiroz, seu amigo e aliado de primeira hora. O povo de Jucurutu merece respeito”, disse.
O parlamentar ainda rebateu a informação publicada no twitter da Chefe do Executivo Estadual, dando conta de que o município de Jucurutu já teria recebido R$ 750 mil em ISS, e na verdade foi repassado aproximadamente R$ 229 mil reais. “A governadora não tem noção dos números de sua administração. Ela está dizendo uma coisa que não é verdadeira”, criticou.

“Desgaste” não influenciará em análise de impeachment
A denúncia de crime de responsabilidade praticado pela governadora Rosalba Ciarlini, feita pelo Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde), deverá ser analisada pelo plenário da Assembleia Legislativa. Agora, se ela vai dar ou não origem a abertura do processo de impeachment, só o conteúdo dela é que vai dizer. Afinal, segundo o relator da denúncia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado estadual Hermano Morais, do PMDB, mesmo sendo uma casa eminentemente política, a Assembleia Legislativa terá isenção suficiente para analisar de forma imparcial o caso.
“Acredito que a análise do caso não será movida por interesse, mesmo havendo esse desgaste político do Governo do Estado”, afirmou o deputado Hermano Morais, em contato com O Jornal de Hoje. Segundo o deputado, o que foi apresentado à Assembleia foi uma denúncia de oito pessoas que se baseou na Lei 1079, de 1950, que trata do crime de responsabilidade.
O parlamentar acrescentou que a denúncia, dentre outras coisas, se baseia principalmente em improbidade administrativa, pelo fato do Governo não estar cumprindo com os compromissos financeiros e suas funções no atendimento à população, como a saúde, educação e segurança pública. “É algo inusitado”, comentou Hermano Morais, sem querer, no entanto, antecipar seu parecer sobre a matéria, preferindo apenas narrar qual será o trâmite dela.
“A matéria chegou ontem (terça-feira) a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e fiquei com a relatoria dela. Devo apresentar um parecer sobre o caso dentro de 15 dias e levar ao presidente da Casa (Ricardo Motta), que deverá levá-lo para plenário, onde precisará de uma maioria absoluta para ser aprovado”, narrou Hermano Morais. (CM)


do portal JH

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