Depois de uma espera de três meses, o
SINTE/RN participou de uma audiência com a secretária estadual de
Educação Betânia Ramalho. Mas apesar da demora em dialogar com a
categoria a secretária ainda impôs que apenas dois pontos, dos 17
reivindicados, fossem debatidos: o terço de hora atividade e a
disponibilidade dos diretores do Sindicato. Mesmo a direção do Sindicato
insistindo Betânia Ramalho se recusou a conversar sobre os outros
assuntos.
A reunião contou com a presença do Procurador Geral do Estado do RN
Miguel Josino e um dos pontos tratados foi o pagamento e a implementação
do terço de hora atividade para os profissionais de sala de aula com
jornada semanal de 24 horas.
Esse ponto foi tratado sob duas perspectivas: a primeira, com a
promessa da secretária em implementar esse direito até o mês de agosto. O
segundo aspecto foi extremamente polêmico. O Procurador do Estado
blindou Betânia Ramalho e a Governadora Rosalba, assumindo o papel de
defensor do estado recorrerá para não pagar. Ele alegou absurdamente a
ausência da Carta Sindical e que a Secretaria de Educação já estava
tratando da implementação a quem tem direito às quatro horas de
planejamento, bem como afirmando que o mérito da ação de pagamento das
horas semanais trabalhadas não havia sido julgado, como se a liminar não
valesse nada.
O outro ponto tratado foi a disponibilidade dos diretores do
SINTE/RN. Este seria o último ponto da pauta apresentado à SEEC. Em tom
autoritário, a secretária disse que cumpriria a recomendação do
Ministério Público em deixar apenas três diretores em todo estado para o
trabalho sindical.
A direção do Sindicato critica o posicionamento da gestora, uma vez
Insiste em cumprir uma determinação para fechar as portas do SINTE/RN e
se nega a cumprir a ordem do Supremo Tribunal Federal e pagar o que deve
à categoria. Da mesma forma, o Procurador tomou para si a decisão e
defendeu a secretária e a governadora dizendo que tinha duas outras
recomendações na mesma perspectiva.
Para a direção do SINTE/RN, essas estratégias são tentativas de
minimizar um sindicato que fala muito e defende muito, por isso que
incomoda tanto, mas não será agora o governo impedirá a organização dos
trabalhadores.
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