O ministro da Previdência Social, Garibaldi Filho (PMDB), voltou a
criticar a governadora Rosalba Ciarlini (DEM). Desta vez em entrevista
ao blog do jornalista seridoense Marcos Dantas ele demonstrou pessimismo
com relação à administração estadual. "Eu acho que o governo Rosalba
continua vivendo um momento muito difícil, uma fase que eu diria
declinante. Mas ainda falta tempo, alguns acreditam que ela possa se
recuperar. Eu hoje não tenho nenhuma intimidade com a máquina
administrativa, a despeito de o secretário Luiz Carneiro (Assistência
Social) ser ligado a mim, mas eu não tenho uma visão de conjunto para
dizer. Eu acredito que ela possa se recuperar, não é fácil",
acrescentou.
Garibaldi disse também que o sentimento do PMDB continua
sendo o de que o melhor caminho é romper com a governadora. "Tem muita
gente pregando isso e tenha certeza que não estão pregando no deserto.
Apenas, segundo o presidente Henrique, não chegou ainda a hora de se
reunir. Não é uma decisão que será fácil, pois há prós e contras e há
muita gente inconformada com os rumos adotados pelo governo",
acrescentou.
Sobre o Conselho Político criado pelo governo em 2011,
Garibaldi afirmou que ele não emplacou pela pouca disposição da
governadora para o diálogo. "Foi criado um Conselho Político que morreu
no nascedouro. Foi um parto prematuro e que logo esse Conselho
desapareceu, e que seria a oportunidade dos presidentes dos partidos e
de determinados líderes poderem influir melhor nas decisões
governamentais. Também não podemos esconder que o governo não se mostrou
muito empenhado em ouvir, e é muito difícil você aconselhar de fora",
lamentou.
No entanto, Garibaldi evitou se colocar como a solução para
os problemas do Estado e disse que não pretende disputar o governo. "Eu
analisei isso e resolvi ser muito sincero, desde o início do processo
porque o pior é você alimentar a expectativa, e se eu alimento isso e de
última hora resolva atender a um sentimento meu, de que realmente já
fui governador duas vezes e não puder atender as expectativas, o melhor é
dizer logo", avisou.
O ministro deu a entender que a decisão é
irreversível. "Peço perdão às pessoas que acreditam que eu possa vir a
ser um governador, mas não contem comigo dessa vez para isso. Contem
comigo no palanque, com a minha presença, com o que eu puder dar à luta
pelo partido ou coligação, em favor do Estado. Os políticos são
conhecidos às vezes por terem uma atitude cautelosa, antes de o processo
iniciar. Eles não sabem bem o que as pesquisas dirão, aí ficam
esperando pelas pesquisas. No meu caso eu já estou adiantando uma coisa
que eu estou sendo muito fiel às pessoas que confiam em mim",
argumentou.
de o mossoroense
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