A Folha de São Paulo destacou nesta terça-feira, 23, que a Petrobras,
através do Programa de Otimização de Custos Operacionais vai parar as
atividades de sondas terrestres nos estados da Bahia, Espírito Santo e
Rio Grande do Norte.
A meta da companhia é economizar R$ 32 bilhões no período de 2013 a 2016.
“A empresa precisa aumentar o fluxo de caixa, que até 2016 deve ficar
abaixo de sua necessidade de investimentos de US$ 236,5 bilhões
(2013-2017). Hoje, a produção de petróleo em terra perfaz 10% de sua
produção total, de 208 mil barris diários”, destaca a repórter Denise
Luna, da sucursal da Folha no Rio.
A reportagem segue:
“Na avaliação do ex-diretor de exploração e produção da Petrobras
Wagner Freire, a decisão vem com atraso. ‘Há campos que produzem cinco
barris por dia --não é econômico para ela, mas pode ser para pequenos
produtores que invistam na produção’, diz, sugerindo a devolução dos
campos à Agência Nacional do Petróleo”.
A sindicalista Fátima Viana, do SINDIPETRO/RN disse que no Rio Grande
do Norte o número de demissões pelas empresas prestadores de serviços da
Petrobras já chegam a 5 mil, o que equivale a um impacto muito forte na
economia regional. A categoria inclusive realizou protesto hoje na BR
110, de acesso a Areia Branca, contra as demissões nas contratadas.
O quadro é tão grave que a governadora Rosalba Ciarlin, a prefeita
Claudia Regina, de Mossoró, e a bancada federal do Rio Grande do Norte
em Brasília, estiveram há poucos dias reunidos com a presidenta da
Petrobras, Graça Foster, no Rio de Janeiro. Na ocasião, a presidenta
garantiu que os investimentos seriam retomados até o início de julho, o
que não aconteceu como os sindicalistas e as autoridades politicas
cobraram.
No Rio de Janeiro, a matéria da Folha de São Paulo informa que semana
passada o presidente do Conselho de Administração da empresa e
coordenador do Sindipetro no Norte Fluminense, José Maria Ferreira
Rangel, conseguiu com a presidente Graça Foster, a suspensão por 30 dias
nas demissões por firmas terceirizadas que operam as sondas.
OUTRO LADO
A Petrobras informou que em dezembro tinha 11 sondas de perfuração e 26
sondas de produção terrestre, que atualmente estão reduzidas,
respectivamente, para 7 e 22.
Admitiu também a dispensa de 449 empregados.
A empresa nega, porém, que vá reduzir os investimentos na Bahia, onde
promete aplicar em média de US$ 1,06 bilhão anual até 2017 --mais do que
foi investido pela gestão anterior, US$ 697 milhões por ano, afirma.
A empresa diz ainda que a ampliação das instalações de superfície deve
criar 2.300 empregos a mais em 2013 do que os gerados em 2012, 1.500 dos
quais já foram efetivados.
OLEODUTO
Hoje o diretor de Produção e Exploração da Petrobras, José Miranda
Formigli acompanha o lançamento do Projeto de Ampliação de Injeção de
Água em Campo do Amaro e o Início das Obras do Oleoduto que interligará o
campo do Canto do Amaro com a Unidade de Tratamento e Processamento de
Fluidos em Guamaré (RN).
O oleoduto terá 110 km de extensão e interligará a Estação Central do
Canto do Amaro, em Mossoró, à Unidade de Tratamento e Processamento de
Fluidos, em Guamaré, para escoamento da produção terrestre da Unidade de
Operação do Rio Grande do Norte e Ceará (UO-RNCE).
José Miranda Formigli também inaugurou a Estação de Tratamento de Água
Produzida (ETAP) vai proporcionar um aumento na produção do campo por
meio da reinjeção de água produzida nos poços, potencializando a
recuperação de petróleo.
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