Do site do deputado estadual Fernando Mineiro (PT)
A governadora Rosalba reuniu ontem (22)
seus auxiliares e comunicou que tomará medidas para reduzir os gastos.
Segundo ela, a decisão objetiva garantir recursos para cobrir a folha de
pagamento do mês de julho.
Vir a público dizer que não tem recursos
suficientes para o pagamento dos servidores depois de transcorridos
quase 2/3 (dois terços) de seu mandato é assumir a própria incompetência
administrativa. Nessa altura do campeonato não tem mais em quem colocar
a culpa.
O anúncio da intenção de cortar despesas
– porque de concreto nada foi anunciado – revela o grau de fantasia e
demagogia da Mensagem Anual 2013, lida pela governadora no dia 15 de
fevereiro passado por ocasião da abertura dos trabalhos da Assembleia
Legislativa do Rio Grande do Norte.
Naquela ocasião a governadora afirmou que:
“Pela primeira vez, vamos poder
fazer mais do que simplesmente correr atrás do prejuízo cavado e deixado
por outros, tentando fechar as contas a cada mês, sem margem
orçamentária própria para grandes investimentos. No ano passado,
conseguimos contratar uma massa de recursos que vão alavancar
realizações importantes para nossa terra e nossa gente. E, não é demais
repetir, conseguimos os recursos porque, nesses dois anos, fomos
capazes de superar as dificuldades a que já nos referimos, fazendo o
mais difícil: ajustar minimamente o Estado, restaurando a
governabilidade, recuperando a credibilidade, equilibrando o Tesouro.” (pág. 17).
Passados seis meses da leitura da mensagem pergunto: cadê os recursos conseguidos, o Estado ajustado, o Tesouro equilibrado?
No primeiro semestre de 2013 a
arrecadação de ICMS e FPE – principais receitas do Estado – foi maior do
que a do mesmo período de 2012, mas mesmo assim o governo alega
dificuldades financeiras. Ao mesmo tempo não consegue aplicar os
recursos disponíveis e os devolve, como foi o caso dos mais de R$ 2
milhões destinados à área da segurança.
Mais que anunciar a redução no custeio
de uma máquina que já respira por aparelhos, a sociedade potiguar deseja
que a governadora do DEM redefina suas prioridades e anuncie a redução
da incompetência que se apossou da estrutura do Rio Grande do Norte.
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