A governadora Rosalba Ciarlini, do DEM, foi na onda e aproveitou o
corte de despesas anunciados por muitas gestões – inclusive a federal – e
solicitou aos secretários estaduais uma redução de até 20% nos gastos
públicos. O problema é que aqui no Rio Grande do Norte, há grande
possibilidade da redução ser inócua. Afinal, como não há valor mínimo
para o corte e muitas pastas já estão trabalhando “no limite” desde o
início da administração rosalbista, alguns gestores já revelaram que não
terão como realizar um “arrocho” ainda mais nas contas públicas.
E mais: com uma análise nos dados referentes às contas públicas
constantes no Portal da Transparência, é possível constatar que as
despesas públicas aumentaram, principalmente, em dois pontos não tão
essenciais assim, o pagamento da dívida pública e o Gabinete Civil da
Governadora do Estado.
Com relação à impossibilidade de cortes, entre as pastas que os
gestores disseram que não conseguirão realizar um “arrocho” ainda maior
que o atual, estão as de Trabalho e Assistência Social (Sethas), do
secretário Luiz Eduardo Carneiro, e a de Tributação, de José Airton. As
duas, somando as de Saúde, de Educação e de Segurança Pública, que a
governadora afirmou que não vai pedir redução alguma, representaram boa
parte dos gastos públicos do ano passado e também deste ano.
Se considerar o orçamento do ano passado, que segundo o Portal da
Transparência teve um total de gastos na ordem de R$ 5,9 bilhões,
pode-se dizer que mais da metade disso, ou melhor, 3,3 bilhões, foram
para educação, saúde, segurança pública, tributação e assistência
social. Só a Secretaria de Educação, gastou mais de R$ 1,2 bilhão. A de
Saúde, R$ 1 bilhão. As policiais Militar e Civil, mais de meio bilhão de
reais.
Neste ano, se considerarmos as pastas com mais despesas, o panorama
não é muito diferente. A de Educação segue em primeiro lugar, com R$ 672
milhões já gastos até julho (segundo o Portal da Transparência). Porém,
a pasta da Saúde, com R$ 476 milhões em gastos, era a segunda em 2012 e
agora é a quarta, atrás da Secretaria de Planejamento e das Finanças
(R$ 598 milhões), do titular Obery Rodrigues, um dos braços direitos da
governadora Rosalba Ciarlini; e do Instituto da Previdência dos
Servidores do Estado (R$ 507 milhões).
GABINETE CIVIL
Por sinal, em sete meses de 2013, a Secretaria de Planejamento e das
Finanças já gastou mais do que o total de despesas de 2012. Este ano
foram R$ 598 milhões, contra R$ 405 milhões do ano passado, considerando
números do Portal da Transparência. Fazendo uma média mensal das
despesas, é possível dizer que no ano passado se gastou R$ 12 milhões na
pasta e, este ano, 85 milhões (já contando o mês de julho). O aumento
de gastos na ordem de 600%.
E analisando que tipos de despesas, dentro da pasta de Planejamento e
Finanças, mais cresceram, encontra-se outro dado importante: foram o
pagamento da dívida interna, que foi de R$ 10,1 milhões em 2012 para R$
394 milhões em 2013; e o Gabinete Civil da Governadora do Estado, que
foi de R$ 68 milhões em 12 meses no exercício passado, para R$ 40
milhões em apenas sete do exercício atual.
fonte portal JH
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