quinta-feira, 25 de julho de 2013

Despesas em 2013 cresceram no gabinete da governadora e no pagamento da dívida

A governadora Rosalba Ciarlini, do DEM, foi na onda e aproveitou o corte de despesas anunciados por muitas gestões – inclusive a federal – e solicitou aos secretários estaduais uma redução de até 20% nos gastos públicos. O problema é que aqui no Rio Grande do Norte, há grande possibilidade da redução ser inócua. Afinal, como não há valor mínimo para o corte e muitas pastas já estão trabalhando “no limite” desde o início da administração rosalbista, alguns gestores já revelaram que não terão como realizar um “arrocho” ainda mais nas contas públicas.
E mais: com uma análise nos dados referentes às contas públicas constantes no Portal da Transparência, é possível constatar que as despesas públicas aumentaram, principalmente, em dois pontos não tão essenciais assim, o pagamento da dívida pública e o Gabinete Civil da Governadora do Estado.
Com relação à impossibilidade de cortes, entre as pastas que os gestores disseram que não conseguirão realizar um “arrocho” ainda maior que o atual, estão as de Trabalho e Assistência Social (Sethas), do secretário Luiz Eduardo Carneiro, e a de Tributação, de José Airton. As duas, somando as de Saúde, de Educação e de Segurança Pública, que a governadora afirmou que não vai pedir redução alguma, representaram boa parte dos gastos públicos do ano passado e também deste ano.
Se considerar o orçamento do ano passado, que segundo o Portal da Transparência teve um total de gastos na ordem de R$ 5,9 bilhões, pode-se dizer que mais da metade disso, ou melhor, 3,3 bilhões, foram para educação, saúde, segurança pública, tributação e assistência social. Só a Secretaria de Educação, gastou mais de R$ 1,2 bilhão. A de Saúde, R$ 1 bilhão. As policiais Militar e Civil, mais de meio bilhão de reais.
Neste ano, se considerarmos as pastas com mais despesas, o panorama não é muito diferente. A de Educação segue em primeiro lugar, com R$ 672 milhões já gastos até julho (segundo o Portal da Transparência). Porém, a pasta da Saúde, com R$ 476 milhões em gastos, era a segunda em 2012 e agora é a quarta, atrás da Secretaria de Planejamento e das Finanças (R$ 598 milhões), do titular Obery Rodrigues, um dos braços direitos da governadora Rosalba Ciarlini; e do Instituto da Previdência dos Servidores do Estado (R$ 507 milhões).
GABINETE CIVIL
Por sinal, em sete meses de 2013, a Secretaria de Planejamento e das Finanças já gastou mais do que o total de despesas de 2012. Este ano foram R$ 598 milhões, contra R$ 405 milhões do ano passado, considerando números do Portal da Transparência. Fazendo uma média mensal das despesas, é possível dizer que no ano passado se gastou R$ 12 milhões na pasta e, este ano, 85 milhões (já contando o mês de julho). O aumento de gastos na ordem de 600%.
E analisando que tipos de despesas, dentro da pasta de Planejamento e Finanças, mais cresceram, encontra-se outro dado importante: foram o pagamento da dívida interna, que foi de R$ 10,1 milhões em 2012 para R$ 394 milhões em 2013; e o Gabinete Civil da Governadora do Estado, que foi de R$ 68 milhões em 12 meses no exercício passado, para R$ 40 milhões em apenas sete do exercício atual.

fonte portal JH

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