da Agência Brasil
Brasília - O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
(MDS) vai premiar as boas práticas de gestão do programa Bolsa Família. O Prêmio Rosani Cunha: Edição Especial – Bolsa Família 10 Anos
abre as inscrições nesta quinta-feira (1º) pela internet. As inscrições
podem ser feitas até o dia 27 de agosto. Podem participar gestores
municipais, estaduais e do Distrito Federal. O projeto inscrito deve ter
pelo menos quatro meses de implementação.
Serão selecionados 12 projetos. Os relatos serão disponibilizados em
versão digital e impressa. "O objetivo é dar visibilidade e compartilhar
as boas práticas, para que elas sejam difundidas no país", explica a
secretária adjunta nacional de Renda de Cidadania do MDS, Letícia
Bartholo.
Esta é a segunda edição do prêmio, a primeira ocorreu em 2009. O
primeiro lugar foi ocupado pela prefeitura de Pão de Açúcar (AL), com um
programa de construção de cisternas e placas de armazenamento de água.
Com uma tecnologia chamada cisterna de placas, que armazenavam 16 mil
litros cada, o programa atendia, na ocasião, a cerca de 4,5 mil pessoas.
Neste ano, o prêmio será dividido em três categorias: busca ativa
para cadastramento e atualização cadastral, incluindo identificação de
grupos populacionais tradicionais e específicos; ações articuladas do
Plano Brasil Sem Miséria voltadas à inclusão produtiva das famílias
beneficiárias do Bolsa Família; e gestão de condicionalidades e
acompanhamento familiar intersetorial (assistência social, saúde e
educação).
Os vencedores receberão um certificado de reconhecimento pela
contribuição aos objetivos do Bolsa Família. Dentre os premiados, os
responsáveis por três projetos municipais e uma estadual vão viajar para
conhecer um programa de transferência de renda na América Latina.
O Bolsa Família é o carro-chefe dos programas de transferência de renda
no Brasil. Uma das principais características é a gestão
descentralizada e compartilhada entre a União, estados, Distrito Federal
e municípios.
Em dez anos, "o programa amadureceu muito rápido", avalia Letícia. A
secretária adjunta acrescenta, no entanto, que não é porque o programa
está consolidado que deve deixar de ser aprimorado. Um dos pontos,
segundo ela, que requer atenção é a comunicação com os beneficiados. "É
importante escutar quem está recebendo o benefício, isso faz parte do
princípio democrático da participação na construção da política
pública", diz.
O MDS têm buscado melhorar a comunicação direta
com os beneficiários principalmente depois do boato sobre o fim do
Bolsa Família, que levou a uma corrida aos caixas bancários este ano.
Entre os pontos positivos, Letícia destaca o impacto do programa na
educação. Segundo dados do MDS, os estudantes beneficiados pelo Bolsa Família
em algumas regiões do país têm rendimento melhor do que a média
brasileira. Além disso, por exigir uma frequência mínima nas aulas, os
estudantes estão faltando menos.
"O programa atende a milhões de famílias brasileiras. Isso requer
evoluções e passa por desafios importantes", constata a secretária.
"Divulgar as boas práticas é a principal contribuição do prêmio", disse.
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