terça-feira, 23 de julho de 2013

Deputada diz que reforma política não sairá sem pressão sobre o Congresso

“Se não houver uma forte pressão de fora pra dentro não haverá reforma política nenhuma”. A previsão é da deputada federal Fátima Bezerra (PT) em entrevista concedida ao Jornal 96, da 96 FM, de Natal, em que ela apontou o Congresso Nacional como um dos principais responsáveis pela crise de representatividade que o País atravessa. Disse, também, que o Congresso está "descolado" da realidade.
Fátima disse que o Partido dos Trabalhadores não desistiu da realização de um plebiscito sobre reforma política, que ela considera “o caminho mais adequado e saudável” para o povo poder opinar e ser protagonista das mudanças. O partido, juntamente com outros aliados, como o PDT e PC do B, está coletando assinaturas para apresentar propostas de iniciativa popular.
Ainda segundo a deputada, o povo às ruas para clamar por "mais direitos" e disse que o governo da presidente Dilma está disposto a acelerar o processo em curso para promover mais transformações sociais.
Fátima atribuiu ao “condomínio” formado por PSDB, DEM e PPS, “com a ajuda de parte da base aliada”, a decisão do Congresso de adiar as reformas e mudanças exigidas pelo povo. “Se este Congresso tivesse juízo, enveredaria pelo caminho da reforma política com efeitos já em 2014”, disse a deputada, acrescentando em seguida que “o sistema político apodreceu” e que o sistema de financiamento de campanhas eleitorais pela iniciativa privada é um grande fator de corrupção.
A parlamentar petista, que era considerada uma forte candidata ao Senado nas próximas eleições, disse que o referendo que setores do Congresso querem aprovar “é um prato feito” que parlamentares querem servir à população.
Fátima Bezerra admitiu que a “revolta de junho” colocou em xeque os poderes da República e abriu uma crise de representatividade. Considerou ainda que a presidente Dilma foi quem mais mostrou a cara, lançou a proposta dos cinco pactos e abriu o diálogo com governadores e prefeitos. Para a deputada, a queda nos índices de aprovação e de intenção de voto na presidente estava prevista em razão do que aconteceu em junho.
Apesar da queda de popularidade e dos índices de aprovação do atual governo, a deputada federal afirmou que Dilma Roussef continua sendo a única opção de candidata do PT e ainda muito competitiva. “Não há perspectiva de mudança de nome”, afirmou.
 

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