O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, revelou
que o dinheiro contido na mala roubada do carro do secretário
parlamentar Wellington Ferreira da Costa, de 53 anos, que trabalha no
gabinete dele, em Brasília, era oriundo de um empréstimo feito pelo
deputado ao Banco do Brasil. Ele não disse para onde seria levado o
dinheiro, afirmando que indagações a respeito seria “invasão de
privacidade”.
“Fiz um empréstimo no Banco do Brasil. E eram R$ 100 mil reais.
Dinheiro meu que era conduzido. E o que é estranho é como se sabia que
naquele carro, naquela hora, tinha esse dinheiro. Então, quero apuração
rigorosa dos fatos”, afirmou o parlamentar potiguar. As declarações de
Henrique foram publicadas no portal UOL, que reproduziu uma entrevista
concedida por ele ao jornalista Fernando Rodrigues, da Folha de S.
Paulo.
No último dia 13 de junho, dois homens armados com revólveres
interceptaram o carro do assessor de Henrique quando ele e sua família
passeavam em Brasília. Os assaltantes em um Fiat Strada de cor branca
jogaram o carro na frente do Ômega de Wellington. Os criminosos desceram
sem encobrir o rosto e se identificaram como policiais civis. Inclusive
apresentaram distintivos. Em seguida, revistaram o Ômega e encontraram a
maleta com o dinheiro. Levaram ainda um telefone celular, um tablet,
documentos pessoais e cartões de crédito de Wellington.
Em depoimento na Delegacia de Repressão de Roubos e Furtos da Polícia
Civil do Distrito Federal, Wellington informou que não comentaria o
caso, nem mesmo a origem do dinheiro e para onde o montante seria
levado. O delegado Fernando César Costa, que conduz a investigação,
disse que a origem do dinheiro seria investigada e não descartou sequer
tomar um depoimento de Henrique.
Henrique disse – ainda em sua entrevista – que o ocorrido é
“explicável”, já que o assessor dele prestou queixa à polícia, o que
demonstra que não a nada a esconder. Ele declarou ser difícil reaver o
dinheiro, mas que quer apurar as responsabilidades. “Ele (Wellington)
prestou queixa. Se fosse algo que não fosse explicável, era só não
prestar queixa. Mas ele prestou queixa. Foi à delegacia, abriu-se um
inquérito policial e eu quero a conclusão desse inquérito para apurar
responsabilidades”.
Henrique disse que poderia realizar o pagamento que estava fazendo
através de uma transferência bancária, mas que era um direito dele fazer
do jeito que quisesse. Ele também justificou porque não divulgou,
esclarecendo ser um assunto privado. “Se vou precisar explicar o que eu
vou fazer com o dinheiro que é meu, eu acho que é um pouco de invasão de
privacidade. Mas quero que o inquérito policial se encerre. Quero
descobrir como é que isso aconteceu. As causas que levaram, portanto, a
essa ocorrência”.
Henrique disse, por fim, não ter razões para desconfiar do seu
assessor, já que eles trabalham juntos a mais de duas décadas. “É
assessor meu há mais de 20 anos. Portanto, não há nenhuma desconfiança
com uma atitude dele. Mas, como não é um fato normal, foi aberto o
inquérito… Estou aguardando a apuração da polícia”, afirmou.
fonte portal JH
Nenhum comentário:
Postar um comentário