sexta-feira, 5 de julho de 2013

Sinte/RN denuncia perseguição política por parte do governo

Rômulo Arnaud informa que 35 professores estão afastados para atividades sindicaisRômulo Arnaud informa que 35 professores estão afastados para atividades sindicaisO Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte/RN) denuncia perseguição política por parte do Governo do Estado. No início desta semana, a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (SEEC) deu um prazo de 48 horas para que os professores afastados para atividade sindical retomem os seus serviços na Secretaria.
Segundo Rômulo Arnaud, coordenador-geral do Sinte/RN, atualmente 35 professores estão afastados para as atividades sindicais. "Segundo o governo, somente três professores poderiam ficar a serviço do sindicato. São 167 municípios, 16 Direds (Diretoria Regional de Educação, Cultura e Desportos), mais de 20 mil professores. O governo quer fechar o sindicato porque não tem como funcionarmos com três professores e atendermos todo o Estado", explica o docente.
O coordenador-geral do sindicato diz que a medida da administração estadual é uma represália. "O Sinte/RN denuncia as mazelas da Educação, então o governo não tem interesse na entidade. O prazo para o retorno dos professores se expira hoje (ontem), mas não vamos cumprir a determinação da secretaria. A assessoria jurídica já foi acionada e vamos aguardar", esclarece.
Rômulo Arnaud diz que o déficit de professores é muito alto e o governo quer tirar o foco dessa discussão. "Há três anos, um estudo apontava que sete mil professores estavam afastados de sala de aula, seja por licenças ou até por estarem cedidos a outros órgãos como à própria secretaria. Não acreditamos que seja muito diferente de hoje. Um Termo de Ajustamento de Conduta previa a contratação de 1.500, mas somente 600 foram contratados", destaca o coordenador.
A determinação da administração estadual se baseou em uma recomendação do Ministério Público. "Várias recomendações do Ministério Público deixam de ser consideradas pelo governo. No entanto, a administração quer fechar o sindicato ao tomar uma atitude como essa. O Sinte/RN não tem como funcionar somente com três professores. Vamos reunir a categoria em assembleia para discutir sobre essa questão", afirma.

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