Segundo Rômulo Arnaud, coordenador-geral do Sinte/RN, atualmente 35 professores estão afastados para as atividades sindicais. "Segundo o governo, somente três professores poderiam ficar a serviço do sindicato. São 167 municípios, 16 Direds (Diretoria Regional de Educação, Cultura e Desportos), mais de 20 mil professores. O governo quer fechar o sindicato porque não tem como funcionarmos com três professores e atendermos todo o Estado", explica o docente.
O coordenador-geral do sindicato diz que a medida da administração estadual é uma represália. "O Sinte/RN denuncia as mazelas da Educação, então o governo não tem interesse na entidade. O prazo para o retorno dos professores se expira hoje (ontem), mas não vamos cumprir a determinação da secretaria. A assessoria jurídica já foi acionada e vamos aguardar", esclarece.
Rômulo Arnaud diz que o déficit de professores é muito alto e o governo quer tirar o foco dessa discussão. "Há três anos, um estudo apontava que sete mil professores estavam afastados de sala de aula, seja por licenças ou até por estarem cedidos a outros órgãos como à própria secretaria. Não acreditamos que seja muito diferente de hoje. Um Termo de Ajustamento de Conduta previa a contratação de 1.500, mas somente 600 foram contratados", destaca o coordenador.
A determinação da administração estadual se baseou em uma recomendação do Ministério Público. "Várias recomendações do Ministério Público deixam de ser consideradas pelo governo. No entanto, a administração quer fechar o sindicato ao tomar uma atitude como essa. O Sinte/RN não tem como funcionar somente com três professores. Vamos reunir a categoria em assembleia para discutir sobre essa questão", afirma.
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