O PMDB oficializou ontem o rompimento com a governadora Rosalba
Ciarlini (DEM). Todos os indicados da ala da legenda ligada ao ministro
da Previdência Social, Garibaldi Filho, se afastaram do governo.
Deixaram
o governo: o secretário do Trabalho, Habitação e Ação Social, Luiz
Eduardo Carneiro; o presidente da Companhia Potiguar de Gás (Potigás),
Fernando Dinoá; o diretor da Companhia Estadual de Habitação (Cehab),
João Felipe de Medeiros. Todos indicados por Garibaldi.
Da cota do
deputado estadual Walter Alves saiu do cargo o presidente da Fundação da
Criança e do Adolescente (Fundac), Getúlio Batista.
Com isso, o
único nome ainda ligado ao PMDB que segue em cargo de destaque é o
secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca, José Teixeira
Junior. Ele foi indicado pelo presidente da Câmara dos Deputados,
Henrique Alves, em consenso com os membros do Conselho Político.
De
acordo com o deputado Walter Alves, a entrega dos cargos demonstra a
insatisfação com os rumos do Governo. "Foram vários episódios. Nós nunca
fomos ouvidos", destacou.
Dos vários episódios, o principal é
relativo a falta de diálogo. "O governo poderia ter tido dois
consultores de alto nível que são o ministro Garibaldi Filho e o senador
José Agripino, mas não aproveitou", desabafou.
Questionado se o
afastamento dele e do ministro Garibaldi Filho seria motivado pela
quebra do acordo de revezamento entre PMDB e PMN na presidência da
Assembleia Legislativa, ele disse que conforme o combinado caberia ao
PMDB indicar o sucessor de Ricardo Motta na presidência da Casa. No
entanto, o compromisso foi quebrado, predicando Walter Alves que seria o
nome para o cargo. O parlamentar nega a influência desse episódio. "Não
teve. Aquilo foi uma coisa mais interna da Casa. Na verdade, a entrega
dos cargos foi mais pelo desgaste", acrescentou.
O parlamentar
defendeu uma candidatura própria do PMDB. "É necessário um gestor que
reorganize o Estado para que ele possa ter um planejamento estratégico",
frisou.
Questionado se o PMDB poderia se unir ao DEM em 2014 se
Rosalba não disputasse à reeleição, Walter disse ser contra. "Vou dar a
minha opinião como deputado porque quem fala pelo partido é o ministro
Garibaldi e o deputado Henrique Alves. Eu acho isso (aliança com o DEM
em 2014 mesmo sem Rosalba) muito difícil por causa da dificuldade com
ela (a governadora)", avisou.
O deputado Henrique Alves convocou uma reunião para as 15h da sexta-feira com o objetivo de discutir a decisão.
EXONERADOS
Em meio a crise política que cerca o
governo, o secretário estadual de Comunicação, Edilson Braga, e a
adjunta, Valéria Costa, foram exonerados, no início da noite de ontem.
Após pedir os cargos, a governadora Rosalba Ciarlini prepara o anúncio
do substituto que deverá ocorrer ainda hoje.
fonte o mossoroense
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