Da gestão municipal, mesmo sendo vice-prefeita de Natal, Wilma de
Faria fala pouco. Porém, da política estadual, das reclamações no
interior do Estado e da disputa pela sucessão em 2014, a ex-governadora
domina como poucos. Afinal, é a presidente estadual do PSB e vem
conversando sobre esses temas desde o início do ano, com outros partidos
de oposição, como o PSD e PT.
E, como observadora da situação política local, Wilma de Faria já
elaborou uma tese sobre a situação do PMDB e a aliança dele com o DEM,
da atual governadora Rosalba Ciarlini: os peemedebistas só não romperam
até agora porque estão “se sentindo culpados” pela crise administrativa
que se instalou no Rio Grande do Norte.
“Vamos pensar no momento difícil que estamos passando agora. Eu acho
que o PMDB está pensando assim, porque ele foi quem ajudou a atual
governadora a ter essa vitória, inclusive, logo no primeiro turno.
Então, o PMDB está se sentindo responsável pela situação que está aí”,
analisou a ex-governadora Wilma de Faria, em entrevista ao Jornal
Verdade, da SimTV!.
É importante lembrar que não é bem verdade que nas eleições de 2010 o
PMDB esteve apenas ao lado da candidatura do DEM, de Rosalba Ciarlini.
Na verdade, o partido se dividiu politicamente, ficando o atual ministro
da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, ao lado de Rosalba, e o,
agora, presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves, junto ao
candidato Iberê Ferreira, ou seja, ao lado também de Wilma de Faria –
que disputou o Senado Federal, mas perdeu.
E, atualmente, ao que parece, Rosalba Ciarlini conta muito mais com o
apoio do presidente Henrique Alves para garantir que o PMDB continua
aliado ao Governo do Estado. Até porque o ministro Garibaldi Filho já
fez diversas críticas à gestão democrata no Rio Grande do Norte, que não
estaria conseguido dar as “respostas” que a população esperava que a
elegeu.
No entanto, Wilma de Faria até que concordou com o posicionamento de
Henrique Alves, que na semana passada afirmou que não era hora de falar
sobre nomes para a disputa eleitoral de 2014 e “essa deveria ser a
atitude não só do PMDB e sim de todos aqueles que têm responsabilidade
política uma vez que o Estado se encontra em situação tão difícil”.
“Eu estou realizando junto com os demais partidos que fazem a
oposição ao governo do estado hoje, um trabalho no sentido de fortalecer
essa oposição, que seja de muita responsabilidade, de compromisso com o
atual momento e com o futuro, da gente encontrar saídas. Temos que
pensar agora como vai ser o dia de amanhã, se a gente vai ter mais
manchetes em nível nacional dizendo que no RN está tudo parado”, afirmou
Wilma, que nas duas últimas semanas já se reuniu com o presidente do
PSD no RN, Robinson Faria, e com a líder do PT, Fátima Bezerra, para
discutir política e sucessão estadual.
Wilma garantiu que essas reuniões as alianças não foram firmadas, nem
desenhadas com relação aos nomes. “Essa situação de como vão ficar as
alianças é para depois. Este é um ano de reflexão”, analisou Wilma,
acrescentando que “agora, temos que ter muito cuidado com a reflexão
porque em janeiro do próximo ano nos temos que está com tudo pronto para
tomarmos as decisões e ouvir a população, que é fundamental”.
fonte portal JH
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