Após cerca de duas horas de discussão interna, o PMDB potiguar anunciou afastamento do governo Rosalba Ciarlini (DEM).
A decisão foi comunicada em entrevista coletiva concedida pelo
presidente estadual da sigla, Henrique Alves, que também preside a
Câmara dos Deputados.
De acordo com Henrique Alves, a decisão será
explicada a prefeitos, vice-prefeitos e vereadores na próxima semana.
Ele garantiu de antemão que a medida não afetará alianças do PMDB com o
DEM em nível municipal e isso inclui Mossoró. "A decisão é em nível
estadual. Não afeta os municípios. Os diretórios têm autonomia para se
aliar a DEM, PT ou qualquer outra legenda. Isso não afeta as alianças
municipais. Isso não afeta a autonomia do partido nos municípios",
acrescentou.
Na coletiva, o termo rompimento foi tratado como um
tabu. Henrique preferiu usar termos como "afastamento do projeto
político e pessoal da governadora" ou "adotar uma posição de
independência".
Em seguida, Henrique deu o tom do que justificaria
tamanha cautela em relação ao governo. "Ela sempre teve um tratamento
respeitoso e carinhoso com todos nós, mas a maneira como ela trata a
política não foi possível realizar esse projeto com essa aliança",
explicou tentando indicar que questões de ordem pessoal não
influenciaram na decisão.
Sobre a possibilidade de outros partidos
seguirem o PMDB, Henrique declarou não ser da alçada dele abordar essa
questão. "Não cobraremos nada de nenhum dos partidos aliados. Esse é um
caminho do PMDB", acrescentou. Espera-se que PR, PMN e PSDB também
deixem a aliança com o DEM.
Sobre as eleições, Henrique disse que o
PMDB está aberto ao diálogo com as legendas de oposição e até mesmo o
DEM via o senador José Agripino. "Vamos dialogar com todos os partidos",
garantiu.
Ele acrescentou que isso também vale para a chapa
proporcional. "Tenho tido conversas informais com vários partidos sobre a
proporcional, mas nada é definitivo", disse.
O presidente do PMDB
estadual também indicou que o rompimento de ontem não terá efeitos em
questões administrativas. "O que o Estado precisar contará 100% com o
meu esforço e o do ministro Garibaldi", concluiu.
fonte o mossoroense
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