A marca de 500 mil assinaturas coletadas para a criação do partido Rede Sustentabilidade foi celebrada ontem pela ex-senadora Marina Silva
(sem partido), que participou de um evento simbólico, em São Paulo, com
militantes e fundadores da legenda. Ela ignorou a iminente derrota no
Supremo Tribunal Federal (STF) — que deve liberar nesta
semana a retomada da tramitação do projeto de lei que dificulta a
viabilidade da Rede — e fez um discurso otimista, para motivar os
simpatizantes a conseguirem alcançar a marca de 800 mil assinaturas.
O objetivo de Marina é obter o registro da sigla no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) em agosto, a tempo de registrar seu nome para disputar
as eleições presidenciais do ano que vem. Para estar apta a concorrer no
pleito de 2014, a legenda precisa ser oficialmente criada até o começo
de outubro. Em 2010, a ex-senadora, filiada ao Partido Verde (PV),
obteve uma expressiva votação no primeiro turno. Ela ficou em terceiro
lugar, atrás de Dilma Rousseff e de José Serra, com expressivos 19,6
milhões de votos (19,33% do total apurado)
Por Helio Fernandes – Tribuna da Imprensa
Pela primeira vez na História do Brasil, a campanha eleitoral começou
dois anos antes da eleição. Faltam 17 meses, já estão há mais de 5
brigando hostil ou delicadamente. E são sempre os mesmos. Dona Dilma,
que não quer sair, Aécio, Eduardo Campos e Dona Marina, que querem
entrar.
A estratégia dos três supostamente candidatos é levar a disputa para o
segundo turno. Mas no caso deles, a palavra suposta é a mais adequada. O
único que é candidato mesmo é Aécio. Aos 53 anos, já é pré-candidato há
15, está ficando insuportável. Dona Marina não tem partido, vai
formá-lo com ajuda de adversários, mas não tem votos, nem dela nem
deles.
Eduardo Campos já disse textualmente: “Meu carro presidencial não tem
marcha a ré”. As pesquisas reservadas que manda fazer, nada agradáveis.
Só confirmará a candidatura se aparecer na frente de Aécio, coisa que
não tem acontecido. Concorrer para ter que apoiar Aécio, opção que não
lhe agrada.
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