da Agência Brasil
Brasília – A partir de 2015, o Brasil vai produzir toda a vacina
contra o vírus da gripe A necessária para suprir a demanda nacional.
Para a campanha de 2013, o Instituto Butantan, fabricante das vacinas
brasileiras, produziu 15% do total aplicado. O laboratório francês
Sanofi Pasteur transferiu a tecnologia que tornou possível a fabricação.
Para a vacinação em 2015 serão produzidas 44 milhões de doses.
Outros 14 medicamentos biológicos terão fabricação 100% nacional,
seis para câncer (entre eles o de mama e a leucemia), quatro para
artrite reumatoide, um para diabetes, um cicatrizante, um hormônio do
crescimento e uma vacina para alergia. De acordo com o Ministério da
Saúde, a economia com a produção será R$ 225 milhões por ano. Os
medicamentos biológicos, feitos a partir de material vivo e cuja
produção envolve biologia molecular, são produtos de última geração e de
alto custo. O grupo representa 43% dos gastos do governo com
medicamentos, R$ 4 bilhões por ano.
Para a fabricação no Brasil, foram feitas 27 parcerias com oito
laboratórios públicos e 17 privados. Ao todo, são 90 parcerias desse
tipo, que envolvem a transferência de tecnologia de 77 produtos. Entre
os medicamentos estão a L-asparaginase, utilizada para tratamento de
leucemia aguda, cujo fabricante anunciou, em dezembro, que não o
produziria mais e que só havia estoque para os próximos seis meses. Para
o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a produção do medicamento no
Brasil representa segurança para os pacientes. O Trastuzumabe é
outro remédio que será produzido no país. Recentemente incorporado à
cartela do Sistema Único de Saúde, serve para o tratamento do câncer de
mama.
O Ministério da Saúde anunciou que o Brasil terá a primeira fábrica
para produção de remédios biológicos a partir de célula vegetal (cenoura
e tabaco), instalada em Euzébio, no Ceará. A construção está prevista
para ter início em 2014 e deve custar R$ 170 milhões. Serão feitos
medicamentos para o tratamento de doenças raras e a primeira vacina do
mundo a partir de uma planta, contra a febre amarela.
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