A cúpula da segurança pública do Rio Grande do Norte decidiu adotar
medidas mais efetivas caso o protesto desta sexta-feira (28) assuma um
caráter diferente do pacífico e ordeiro. Se for diferente e constatado
atos de vandalismo, as autoridades informaram que a política será de
“tolerância zero”.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed)
está coordenando o trabalho conjunto das forças policias que inclui
Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia
Federa e Corpo de Bombeiros, além de concessionarias de serviço público,
como energia e transporte.
O secretário adjunto da Sesed, Silva Júnior revelou que as forças de
segurança estarão acompanhando a situação em tempo real no gabinete de
crise instalado, no Gabinete de Gestão Integrada (GGI). De acordo com
ele, a atuação da polícia será similar ao do protesto ocorrido no dia 20
de junho, ou seja, “garantir a integridade da população e não tolerar
depredação do patrimônio público ou privado”.
Sobre a presença de pessoas mascaradas durante o protesto, a Sesed
decidiu por um abordagem diferente do que vinha ocorrendo. Silva Júnior
disse que “de antemão os mascarados serão considerados suspeitos e serão
abordados. A constituição garante ao cidadão o anonimato para emitir
opinião. Desconheço que ele possa esconder o rosto para agir”.
Ele revelou que diversos inquéritos foram iniciados desde o último
protesto e, nesta sexta-feira (28),haverá um reforço nas delegacias de
plantão, onde os delegados estão orientados a arbitrar fiança máxima
para as eventuais prisões. “Outra medida, é enquadrar os eventuais
detidos em formação de quadrilha, o que não caberia fiança. Vai depender
da situação, mas já conversamos com os delegados que se puder, é para
enquadrar”, adiantou Silva Júnior.
Na parte prática, a Sesed revelou o reforço no policiamento do local
do protesto e no uso de armas menos letais, como bombas de gás, teasers
[arma de choque] e balas de borracha. “Não vamos coibir o protesto. Não
vamos fazer pressão para não ocorrer. Vamos coibir os atos de vandalismo
com tolerância zero. Não vamos economizar em balas de borracha, nem em
bombas de gás. Contudo, se o protesto for ordeiro, tenha certeza que
nenhuma bala será disparada”, comentou o comandante-geral da PM, coronel
Francisco Canindé de Araújo Silva.
do portal noAr
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