O Rio Grande do Norte foi o estado do país que registrou o maior índice
de aumento no número de expectativa no país, segundo dados da "Tábua de
Mortalidade por sexo e idade - Brasil, Grandes Regiões e Unidades da
Federação - 2010, divulgados nesta sexta pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a pesquisa, nos últimos 30 anos, a expectativa de vida no
estado cresceu em média, 15,85 anos, saltando de 58 anos, em 1980, para
74 em 2010. O estudo mostrou também que as mulheres potiguares vivem
mais que os homens. A média dos homens ficou sltou de 55 para 70 anos e
das mulheres de 60 para 78.
Ainda de acordo com o estudo, o Rio Grande do Norte tem uma expectativa
de vida acima da média nacional, que é de 73,7 anos. E, também, acima
da média do Nordeste, que é de 71,2 anos. “Em 1980, o Rio Grande do
Norte também era um dos estados em que a mortalidade era mais elevada,
consequentemente com uma expectativa de vida mais baixa. Então de certa
forma com ajuda de programas sociais houve aumento na qualidade de
atendimento de pré-natal, transferência de renda propiciada pelo Bolsa
Família e melhor instrução aceleraram a diminuição da mortalidade e
ganhos na expectativa de vida”, explicou Fernando Albuquerque, gerente
de Componentes de Dinâmica Demográfica do IBGE.
O crescimento do estado vem junto com o da região Nordeste. Em 1980, o
nordestino tinha a taxa mais baixa do país (58,25 anos). No período de
30 anos houve elevação de 12,95 anos e, em 2010, atingiu 71,20 anos. De
acordo com o IBGE, o crescimento foi decorrente, principalmente, do
aumento de 14,14 anos na expectativa de vida das mulheres nordestinas,
que passou de 61,27 anos em 1980 para 75,41, em 2010.
No mesmo período, a expectativa de vida do brasileiro cresceu 11,24
anos. O crescimento entre as mulheres ficou em 11,69 anos, enquanto
entre os homens a elevação atingiu 10,59 anos. O pior resultado de
crescimento entre as regiões foi no Sul (9,83 anos). Apesar disso, a
região ainda registra as mais altas taxas de expectativa de vida do
país. Em 1980 era de 66,01 anos, a mais elevada daquele ano. Em 2010
atingiu 75,84 anos, também a maior expectativa entre as regiões. “Os
níveis de mortalidade já eram mais baixos. Os aumentos ocorreram, mas
com menos intensidade. Essas expectativas de vida já eram elevadas”,
disse o gerente.
A segunda região a apresentar maior crescimento nos 30 anos
compreendidos entre 1980 e 2010 foi a Centro-Oeste com elevação de 10,79
anos (de 62,85 para 73,64 anos). Em terceiro ficou o Sudeste que teve
elevação de 10,58 anos (de 64,82 para 75,40 anos). A quarta foi a região
Norte, que passou de 60,75 para 70,76 anos, representando um aumento de
10,01 anos na taxa.
Na avaliação do gerente do IBGE, no Norte, a dificuldade de acesso aos
programas sociais impediu um desempenho melhor na esperança de vida. “Os
programas sociais existem, mas há uma maior dificuldade em função da
extensão da região e dificuldade de acesso. São populações ribeirinhas,
onde o indivíduo tem de viajar vários dias para chegar a um posto de
saúde”, explicou.
A pesquisa analisa resultados sobre a esperança de vida por sexo e
compara informações sobre as regiões do país e dos estados. O trabalho
utiliza dados do Censo Demográfico 2010, das estatísticas de óbitos
obtidos no Registro Civil e do Sistema de Informação sobre Mortalidade
(SIM) do ministério da Saúde para o mesmo ano.
Com Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário