sábado, 3 de agosto de 2013

Escolas têm ‘buracos’ na grade curricular

A rede estadual de ensino conta, atualmente, com cerca de 10 mil professores e 280 mil alunos matriculados e, embora o ano letivo já se encontre no segundo semestre, ainda existem vazios na grade curricular de alguns estabelecimentos escolares. Um exemplo está na Escola Estadual Jean Mermoz, no Bom Pastor, na Zona Oeste de Natal. No turno vespertino da escola, há dias em que nove horários chegam a ficar vagos por falta de professores.
Na E.E. Jean Mermoz, seis disciplinas estão sem professores 
Na E.E. Jean Mermoz, seis disciplinas estão sem professores

Pelo menos seis disciplinas - Inglês, Ensino Religioso, Artes, Matemática, Português e Educação Física – estão sem professores. “O problema aqui é maior no horário da tarde”, informou a coordenadora de atividade pedagógica, Mirela Monteiro. Ela admite haver reclamações com relação ao déficit de professores por parte das mães de alunos que pedem para trocar os filhos de turma.

O diretor da E.E. Jean Mermoz, Francisco Varela, disse por telefone, ontem à tarde, que já comunicou o problema da falta de professor à Secretaria estadual de Educação e Cultura (Seec), tendo sido informado que com a aprovação na Assembleia Legislativa da lei que permite a contratação de professores substitutos, de forma temporária, o déficit será resolvido. “Estão aguardando o processo seletivo, é o que me falaram”, disse.

Varela conta que a falta de professores no caso da Escola Jean Mermoz deve-se a licenças médicas e também porque a profissão já não é a tão atraente. “Ninguém está procurando mais a profissão, que é meio ingrata, não é bem remunerada, existe muita propaganda, mas na prática a conversa é outra”.

Já na Escola Estadual Walfredo Gurgel, em Candelária, o diretor Olivério Fernandes Carlos disse que há poucos casos em que há vazios – e, nesses casos, a grade está sendo suplementada, inclusive, com professores da própria escola. “Aqui há falta de alunos, no ano passado havia 300 matriculados no ensino médio, depois que saiu a carteira de estudante, caiu para 150”, comentou Olivério Fernandes.

A secretária estadual de Educação e Cultura, Betânia Ramalho, reconhece o déficit, mas afirma que a pasta ainda está concluindo o levantamento global da situação. Betânia Ramalho informou que a partir da implantação do sistema informatizado Sigeduc, que passou a permitir um controle dos professores em sala de aula e a realização da matricula online [inicialmente em Natal e em alguns municípios da Região Metropolitana], está sendo feito um levantamento para identificar a real necessidade de professores para complemento da grade curricular da rede estadual de ensino.

fonte tribuna do norte

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