sexta-feira, 2 de agosto de 2013

“A reação é a mesma quando filhos não recebem a mesada”, diz Rosalba Ciarlini

Rosalba dá declaração infelizRosalba dá declaração infelizA governadora Rosalba Ciarlini (DEM) disse em entrevista ao Novo Jornal de Natal que o Ministério Público e o Judiciário reagiram como uma filho com a "mesada cortada", numa metáfora sobre os cortes de 10,74% dos orçamentos deles.
A governadora recorreu a essa estratégia discursiva para justificar a escolha. "A reação é a mesma quando os filhos não recebem a mesada completa. O governo, algumas vezes, tem que tomar medidas que não são doces. E governar é escolher prioridade", destacou.
A atitude de Rosalba Ciarlini serviu para aprofundar a crise institucional que voltou a ganhar força desde que ela fez os cortes no Orçamento. Apesar dessa situação, a governadora disse não acreditar em crise. "Não acho que esse será o caso de criar problema de relacionamento com quem quer que seja. Durante as conversas chamei os representantes de cada um dos órgãos para conversar e mostrar a realidade financeira do Estado. E é preciso mostrar que o sacrifício é de todos", acrescentou.
A governadora disse estar otimista quanto a obter vitórias na Justiça para manter a decisão. "Confio muito na Justiça. A reprogramação está dentro da Lei de Responsabilidade Financeira", destacou.
Para tentar explicar o que está acontecendo na administração estadual, a governadora voltou a trazer o ambiente doméstico para exemplificar a situação. "A previsão de receita não se confirmou. E acontece aqui de forma semelhante do que se passa em nossas casas. Quando o dinheiro diminui você começa a prestar mais atenção na energia e na água. Não deixa de comprar os alimentos, mas corta onde é possível", acrescentou.
A governadora afirma que tudo faz parte de um trabalho para manter o governo funcionando. "Nossa meta é preservar os investimentos que conseguimos. As contrapartidas das obras de saneamento já foram até depositadas. As obras de mobilidade também já estão com o dinheiro reservado. E obras de recuperação de escolas, hospitais e estradas também continuarão", destacou.
Ela disse ainda que instalou um gabinete de crise para discutir o assunto. "As reuniões semanais servirão para definir o que será feito. Os cortes não estão sendo mais na carne, já chegaram no osso", frisou.

fonte omossoroense

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