Os guardas civis municipais entraram em greve por tempo
indeterminado. O estopim foi o não cumprimento de uma gratificação
prometida pelo município e até agora não foi paga. A decisão pela
paralisação se deu em assembleia da categoria realizada ontem pela manhã
na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINDISERPUM).
O período grevista contará com diversas atividades. A primeira delas
acontece hoje pela manhã. Os guardas vão se concentrar no sindicato e de
lá caminhar até o Palácio da Resistência, sede do Poder Executivo
municipal, e em seguida para a Praça do Pax.
Na próxima semana, eles vão realizar uma campanha de arrecadação de alimentos para serem doados a instituições filantrópicas.
A Gratificação de Desempenho em Serviço (GDE) foi anunciada pela
Prefeitura de Mossoró para o mês de julho após negociações com os
trabalhadores que pararam as atividades e realizaram protestos pelas
ruas da cidade nos meses de abril e maio.
“São várias as reivindicações que a categoria faz e não está sendo
atendida. O estopim foi o não cumprimento da promessa da Prefeitura
pagar a gratificação. A promessa foi só uma tática do município para
acabar com a greve que os servidores fizeram”, comenta a presidente do
Sindiserpum, Marilda Sousa.
Nomeação imediata dos guardas-alunos que terminaram o curso de
formação na semana passada, instituição do trabalho em duplas para
aumentar a segurança dos profissionais e implantação do plano de cargo,
carreira e salários são alguns dos outros pontos.
Os guardas civis e o sindicato questionam como foi conduzido o
inquérito que trata da exoneração de um guarda civil. Está sendo
questionada a capacidade profissional em virtude da baixa estatura. “Foi
um pedido do Ministério Público de averiguar esse caso. Nós não
questionamos essa decisão, mas a forma como a Prefeitura vem conduzindo.
A Prefeitura convocou o guarda civil enquanto ele estava de benefício e
não podia – tinha que esperar acabar o benefício para convocar ele para
uma audiência”, disse Marilda.
Um guarda civil que não quis se identificar questiona a exoneração do
colega. “Houve uma falha ou vista grossa no processo de seleção durante
as etapas do concurso. Foram feitas as medidas de todo mundo e ele foi
aprovado. Por que só vieram questionar isso agora depois que ele passou
por todo o processo?”, indagou.
do gazeta do oeste
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