segunda-feira, 19 de agosto de 2013

"A crise é consequência do modo de governar de Rosalba", diz Wilma de Faria

Vice-prefeita de Natal e ex-governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria é nome cotado para disputar Senado, Governo ou Câmara Federal. Nesta entrevista ela fala sobre a conjuntura política do Estado e sobre a crise administrativa no governo Rosalba Ciarlini. O Mossoroense: O governo Rosalba não se encontrou. Com a experiência de oito anos à frente do Executivo estadual, o que a senhora teria feito para evitar essa crise?
Wilma de Faria: Em primeiro lugar, a crise é consequência do modo de governar de Rosalba! A prova disto é que há coisas que não dependem de dinheiro e que são muito mal conduzidas, mal resolvidas no governo. Exemplos? Não há canal de diálogo com os diversos segmentos da sociedade e com o funcionalismo. Não custa nada e já faria uma diferença enorme no desfecho destas muitas greves que foram deflagradas e de outros problemas que ocorrem hoje.
Outro: a governadora Rosalba levou algo próximo de um ano para indicar o novo conselheiro do Tribunal de Contas. Por quê? Pra quê? Uma responsabilidade dela fazer esta indicação. Quanto custa tomar uma decisão como esta? Deixar um Tribunal desfalcado por tanto tempo - não há nada que justifique.
No tocante às dificuldades financeiras, sabemos que existem. Sempre existiram e sempre vão existir, ainda mais que somos um estado pequeno no Nordeste brasileiro. Mas o diferencial do governante é exatamente saber conduzir bem as coisas diante desta realidade. Foi o que eu fiz. Assumi o Estado em 2003, depois do governo Fernando Freire, que todos sabem como foi: contas estouradas e problemas por todo lado. Mas eu tinha um plano. E tive o cuidado de fazer um intenso trabalho de preparação, de aprofundamento dos assuntos do governo antes de assumir, no período de transição. Montei uma equipe capacitada e comprometida, assumi pessoalmente à frente das ações, saí em cada órgão avaliando como as coisas estavam e indicando as soluções que íamos adotar.
Rosalba não fez a transição, indicou um grupo com apenas seis pessoas para fazer algumas reuniões e mais nada. Assumiu sem saber o que ia fazer no governo. E não sabe até hoje, infelizmente.

OM: Que programas do seu governo a senhora sente falta no atual?
WF: Nossa! De todos! Aliás, não só eu, mas todas as pessoas que encontro nas ruas todo dia e que dizem que têm saudade do nosso governo. Rosalba não deu continuidade aos projetos e programas que lançamos e que funcionaram tão bem em todo o nosso governo, como: restaurante popular, farmácia de todos, desenvolvimento solidário, central do trabalhador, casas de cultura, compra direta, programa do leite, escolas de inclusão digital, cidadão nota 10, entre tantos outros.
A mesma coisa aconteceu com as obras como a adutora da barragem de Apodi e o Parque Santa Luzia, de Mossoró. Aliás, este parque eu e a deputada Sandra Rosada conseguimos viabilizar recursos, que chegaram a ser depositados na conta, cerca de R$ 18 milhões. E o que aconteceu? primeiro a prefeitura amarrou a obra, com um projeto errado, e com a demora de meses para liberar a licença ambiental. Rosalba assume e em vez de dar andamento, resolve devolver o dinheiro. Alguém explica isto? Porque foi um projeto meu, a cidade perde um espaço ecológico, de convivência, lazer, turismo, esporte.

OM: Por que a governadora não consegue transformar as idas dela a Brasília em investimentos para o Rio Grande do Norte?
WF: A resposta é simples: porque esta gestão não tem compromisso com o Rio Grande do Norte, que apresente bons projetos, e que se esforce para viabilizá-los, mesmo o governo federal disponibilizando recursos para obras estruturantes e sociais, independente de que partidos políticos estão à frente das gestões nos estados e municípios.

OM: A senhora tem dito que o povo está pedindo o seu retorno, a senhora está disposta a disputar o governo?
WF: A decisão do partido sobre candidaturas só vai acontecer no próximo ano. Este tem sido um ano de muitos debates, discussões e fortalecimento da legenda e da militância. Mas estamos ouvindo também as vozes das ruas, como sempre fazemos.

fonte o mossoroense
veja a entrevista completa em   http://omossoroense.uol.com.br/index.php/politica/54490-a-crise-e-consequencia-do-modo-de-governar-de-rosalba-diz-wilma-de-faria

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