quarta-feira, 18 de junho de 2014

Moção de repúdio ao senador José Agripino gera polêmica na Câmara Municipal

A Câmara Municipal de Mossoró (CMM) promoveu ontem, 17, mais uma sessão ordinária de sua 17ª legislatura. Na pauta do dia, requerimentos polêmicos foram discutidos, como o de nº 711/2014, de autoria do vereador Ricardo de Dodoca (PTB), não aprovado, solicitando moção de repúdio ao senador José Agripino (DEM) pela forma como ele vem conduzindo o processo de escolha dos candidatos de seu partido às eleições de 2014. A proposta do parlamentar gerou polêmica e debates acalorados entre os edis.
Logo após o requerimento ser colocado em discussão, o vereador Manoel Bezerra (DEM) foi o primeiro a manifestar posicionamento contrário à proposição de Ricardo de Dodoca. “Não se faz esse tipo de pedido com nenhum parlamentar, nenhuma figura pública. Acho ridículo um vereador apresentar um requerimento desse tipo”, opinou o democrata.
O vereador Flávio Tácito (DEM) também discordou dos argumentos defendidos pelo autor do requerimento, destacando ser a moção de repúdio um ato desnecessário. “Quem sou eu para aprovar essa moção. Política é como nuvens. Hoje estou aqui, amanhã posso não estar. Sou amigo da governadora Rosalba Ciarlini, e respeito às decisões do presidente nacional do meu partido, José Agripino”, frisou.
Nesse momento, Ricardo de Dodoca, visivelmente irritado, criticou a posição de Flávio Tácito e Manoel Bezerra. “O nobre vereador Manoel Bezerra me chamou de pequeno. Pequeno, nesse caso, é o desejo do povo, que não está sendo respeitado, assim como o direito da governadora ser candidata. E não me venha dizer, vereador Flávio Tácito, que é amigo da governadora. Amigo é para todas as horas”, falou Ricardo, sendo interrompido por Tácito, que o chamou de palhaço. “Palhaço é você”, revidou o parlamentar do PTB.
Com os ânimos exaltados, os vereadores tiveram que ser orientados pelos demais colegas presentes em plenário a não darem prosseguimento à discussão. O requerimento não foi aprovado pela maioria. “Respeito a decisão dos nobres colegas, mas reafirmo que só serei vereador enquanto tiver coragem de defender o que penso”, concluiu Ricardo de Dodoca.

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