A Câmara Municipal de Mossoró (CMM) promoveu ontem, 17, mais uma sessão
ordinária de sua 17ª legislatura. Na pauta do dia, requerimentos
polêmicos foram discutidos, como o de nº 711/2014, de autoria do
vereador Ricardo de Dodoca (PTB), não aprovado, solicitando moção de
repúdio ao senador José Agripino (DEM) pela forma como ele vem
conduzindo o processo de escolha dos candidatos de seu partido às
eleições de 2014. A proposta do parlamentar gerou polêmica e debates
acalorados entre os edis.
Logo após o requerimento ser colocado em
discussão, o vereador Manoel Bezerra (DEM) foi o primeiro a manifestar
posicionamento contrário à proposição de Ricardo de Dodoca. “Não se faz
esse tipo de pedido com nenhum parlamentar, nenhuma figura pública. Acho
ridículo um vereador apresentar um requerimento desse tipo”, opinou o
democrata.
O vereador Flávio Tácito (DEM) também discordou dos
argumentos defendidos pelo autor do requerimento, destacando ser a moção
de repúdio um ato desnecessário. “Quem sou eu para aprovar essa moção.
Política é como nuvens. Hoje estou aqui, amanhã posso não estar. Sou
amigo da governadora Rosalba Ciarlini, e respeito às decisões do
presidente nacional do meu partido, José Agripino”, frisou.
Nesse
momento, Ricardo de Dodoca, visivelmente irritado, criticou a posição de
Flávio Tácito e Manoel Bezerra. “O nobre vereador Manoel Bezerra me
chamou de pequeno. Pequeno, nesse caso, é o desejo do povo, que não está
sendo respeitado, assim como o direito da governadora ser candidata. E
não me venha dizer, vereador Flávio Tácito, que é amigo da governadora.
Amigo é para todas as horas”, falou Ricardo, sendo interrompido por
Tácito, que o chamou de palhaço. “Palhaço é você”, revidou o parlamentar
do PTB.
Com os ânimos exaltados, os vereadores tiveram que ser
orientados pelos demais colegas presentes em plenário a não darem
prosseguimento à discussão. O requerimento não foi aprovado pela
maioria. “Respeito a decisão dos nobres colegas, mas reafirmo que só
serei vereador enquanto tiver coragem de defender o que penso”, concluiu
Ricardo de Dodoca.
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