A ex-prefeita de Natal, Micarla de Sousa, e outras 31 pessoas vão
encarar quatro processos resultantes da "Operação Assepsia". A decisão é
do juiz federal
Ele
aceitou quatro denúncias relacionadas à Operação Assepsia que
investigou supostas fraudes em licitações envolvendo a Secretaria
Municipal de Saúde da Prefeitura de Natal. No total, 32 pessoas estão
envolvidas.
O processo inicialmente tramitava na Justiça Estadual,
mas foi enviada ao Judiciário Federal por envolver recursos da União.
Desde o dia 5 de fevereiro de 2014 o processo foi encaminhado ao
Ministério Público Federal para análise e parecer. Os autos foram
novamente entregues à Justiça no dia 30 de maio e o magistrado Walter
Nunes, três dias depois de receber a denúncia apresentada pelo MPF,
emitiu decisão recebendo os quatro processos.
Na decisão, o juiz
Walter Nunes ratificou os atos introdutórios, todas as provas até agora
produzidas e igualmente os atos decisórios praticados pela Justiça
Estadual na presente ação penal e nos processos acessórios. Ele também
deferiu o compartilhamento de provas colhidas nos processos de busca e
apreensão, quebra de sigilo telefônico, de dados, bancários e fiscais,
instaurados contra Micarla Araújo de Sousa Weber, Miguel Henrique
Oliveira Weber, Thiago Barbosa Trindade, Alexandre Magno Alves de Souza,
Anna Karina Cavalcante da Silva, Bruno Macedo Dantas, Thobias Bruno
Tavares Gurgel, Carlos Fernando Pimentel Bacelar Viana, Francisco de
Assis Rocha Viana, Antônio Carlos Soares Luna, Annie Azevedo da Cunha
Lima e das pessoas jurídicas de direito privado a eles pertencentes.
Ao
analisar que o processo deve tramitar na Justiça Federal, o magistrado
ressaltou: "As condutas delituosas constantes na denúncia, de fato,
ainda que os recursos tenham sido incorporados ao patrimônio do
Município, a sua origem era federal e, ademais, continuaram sob
fiscalização do TCU, de modo a demonstrar, de forma evidente, o
interesse da União quanto à utilização das verbas para os fins a que
foram destinadas".
O Ministério Público Federal noticiou, na
denúncia, que no período de outubro de 2010 a junho de 2012 ocorreram
ilícitos na Secretaria Municipal de Saúde de Natal, referentes à
contratação de suposta organização social denominada Associação Marca
para Promoção de Serviços (CNPJ n. 05.791.879/0001-50), no valor global
de R$ 24.415. 272,31.
Na denúncia substitutiva os quatro processos foram divididos em dois grandes núcleos: empresarial e político.
AS DENÚNCIAS E OS NÚCLEOS:
1ª denúncia - Núcleo de Tufi Meres e Agregados Oscip Marca, tendo
como denunciados Tufi Soares Meres, Viana Maria Vieira, Gustavo de
Carvalho Meres, Monique Monteiro Martins e Sady Paulo Soares Kapps.
2ª denúncia - Núcleo Tufi Meres e Agregados Oscip MARCA, tendo como
denunciados Otto de Araújo Schimidt, Vicente Semi Assan Salek, Paulo
Fernando Villela Ferreira, Sidney Augusto Pitanga de Freitas Lopes, Jane
Andrea Fernandes Pereira, Gustavo Gonzalez Carneiro, Hélio Bustamente
da Cruz Secco e Carlos Alberto Paes Sardinha.
3ª denúncia - Núcleo Rosimar Bravo e agregados Oscip MARCA, tendo
como denunciados Rosimar Gomes Bravo de Oliveira, Antônio Carlos de
Oliveira Júnior (Maninho), Leonardo Justin Carap, Bruno Tourinho
Guimarães Correia, Monica Simões Araújo e Nardelli, Elisa Andrade de
Araújo, Jonei Anderson Lunkes e Risiely Renata da Silva Lunkes.
4ª denúncia - Núcleo Micarla de Sousa e Staff Administrativo da PM
Natal Oscip Marca, tendo como denunciados Micarla Araújo de Sousa Weber,
Miguel Henrique Oliveira Weber, Alexandre Magno Alves de Souza, Anna
Karina Cavalcante da Silva, Thiago Barbosa Trindade, Bruno Macedo
Dantas, Francisco Assis Rocha Viana, Antônio Carlos Soares Luna, Carlos
Fernando Pimentel Bacelar Viana, Thobias Bruno Tavares Gurgel e Annie
Azevedo da Cunha Lima.
de o mossoroense
Walter Nunes da Silva Júnior, titular da 2ª Vara.
Nenhum comentário:
Postar um comentário