Há uma semana
(segunda-feira, 2), quando decidiu em votação interna esmagadora, que
não queria Rosalba Ciarlini (DEM) como candidata à reeleição, seu
partido a deixou sem voz.
A reunião do Diretório Estadual apontou que dos 59 votantes, 45 rejeitavam a ideia de reeleição (Veja AQUI).
Mas o que embaraçou mais Rosalba, que
discursou em defesa da tese da reeleição, foi não ter argumentos para
provar vitalidade de uma candidatura.
O deputado Felipe Maia pediu, que ela
apresentasse pelo menos o nome de dois partidos a apoiá-la. Insistiu.
Ela baixou a cabeça sem resposta.
Rosalba saiu antes que a votação começasse e não respondeu a Felipe. Nem poderia.
Da coligação que a elegeu em 2010, não
sobrou praticamente nada. Dos seis partidos que lhe deram sustentação,
além de PMDB, PR e outros que embarcaram depois, todos se cansaram.
Votação secreta
Culpar apenas o senador José Agripino –
líder nacional do DEM – por esse desmanche, é inverter papéis e
desvirtuar fatos. Nem o próprio DEM em suas bases a deseja. Na votação
secreta de segunda-feira, deu o resultado que é a voz nos municípios.
Até mesmo em Mossoró, seu berço
político, Rosalba não conseguiu nos últimos tempos juntar liderados e
vereadores, ou apenas ter um candidato viável a prefeito nas eleições
suplementares deste ano. Essa cova foi aberta pela própria Rosalba e o comando centralizador do seu marido, o líder Carlos Augusto Rosado (DEM).
Bem antes de ela tomar posse em 1º de
janeiro de 2011, esse Blog alertava premonitoriamente: “O RN não é
Mossoró e o Governo do Estado não é a Prefeitura de Mossoró”.
Incontáveis vezes repetimos essa máxima.
Joiado
O “kit” que sempre funcionou em sua
cidadela, não se encaixou em Natal e no Estado. Na Prefeitura de
Mossoró, em três gestões, tudo parecia “lindo, bonito e joiado”, como
definiria o cearense Falcão, misto de cantor e humorista.
Na prática, o casal está sendo
“devolvido” a Mossoró, de onde saiu com um ousado projeto de alcance do
poder, mas sem levar sequer um manual básico de gestão debaixo do
sovaco, além de sandálias da humildade.
Aprende, a duras penas, que o poder não
pode tudo. Vive a solidão do fim, mesmo antes do fim, por seus próprios
erros. Agripino não é inocente, mas está longe de ser o responsável por
esse fracasso retumbante.
do blog carlos santos
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