terça-feira, 10 de junho de 2014

Carlos e Rosalba começam a ser “devolvidos” a Mossoró

Há uma semana (segunda-feira, 2), quando decidiu em votação interna esmagadora, que não queria Rosalba Ciarlini (DEM) como candidata à reeleição, seu partido a deixou sem voz.
Carlos Augusto não conseguiu emplacar, em Natal, o modelo que sempre deu certo na cidadela mosoroense (Foto: Governo do Estado)
A reunião do Diretório Estadual apontou que dos 59 votantes, 45 rejeitavam a ideia de reeleição (Veja AQUI).
Mas o que embaraçou mais Rosalba, que discursou em defesa da tese da reeleição, foi não ter argumentos para provar vitalidade de uma candidatura.
O deputado Felipe Maia pediu, que ela apresentasse pelo menos o nome de dois partidos a apoiá-la. Insistiu. Ela baixou a cabeça sem resposta.
Rosalba saiu antes que a votação começasse e não respondeu a Felipe. Nem poderia.
Da coligação que a elegeu em 2010, não sobrou praticamente nada. Dos seis partidos que lhe deram sustentação, além de PMDB, PR e outros que embarcaram depois, todos se cansaram.
Votação secreta
Culpar apenas o senador José Agripino – líder nacional do DEM – por esse desmanche, é inverter papéis e desvirtuar fatos. Nem o próprio DEM em suas bases a deseja. Na votação secreta de segunda-feira, deu o resultado que é a voz nos municípios.
Até mesmo em Mossoró, seu berço político, Rosalba não conseguiu nos últimos tempos juntar liderados e vereadores, ou apenas ter um candidato viável a prefeito nas eleições suplementares deste ano. Essa cova foi aberta pela própria Rosalba e o comando centralizador do seu marido, o líder Carlos Augusto Rosado (DEM).
Bem antes de ela tomar posse em 1º de janeiro de 2011, esse Blog alertava premonitoriamente: “O RN não é Mossoró e o Governo do Estado não é a Prefeitura de Mossoró”. Incontáveis vezes repetimos essa máxima.
Joiado
O “kit” que sempre funcionou em sua cidadela, não se encaixou em Natal e no Estado. Na Prefeitura de Mossoró, em três gestões, tudo parecia “lindo, bonito e joiado”, como definiria o cearense Falcão, misto de cantor e humorista.
Na prática, o casal está sendo “devolvido” a Mossoró, de onde saiu com um ousado projeto de alcance do poder, mas sem levar sequer um manual básico de gestão debaixo do sovaco, além de sandálias da humildade.
Aprende, a duras penas, que o poder não pode tudo. Vive a solidão do fim, mesmo antes do fim, por seus próprios erros. Agripino não é inocente, mas está longe de ser o responsável por esse fracasso retumbante.

do blog carlos santos

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